Denunciado realizou vários disparos de arma de fogo contra vítima por suspeitar de um suposto relacionamento extraconjugal entre ele e sua companheira
O Tribunal do Júri de Caçador tomou uma decisão impactante ao condenar um réu a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, por um crime brutal. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) havia denunciado o acusado pelo assassinato de um homem em plena luz do dia, em frente à Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp).
O crime, que chocou a comunidade local, ocorreu no dia 21 de março de 2024, por volta das 19h, na rua Victor Baptista Adami. Impulsionado por ciúmes, o réu se aproximou da vítima, que estava dentro de seu carro, e disparou múltiplas vezes, sem dar chance de defesa. O motivo? Desconfiança de que sua companheira estaria tendo um relacionamento extraconjugal com o homem que, tragicamente, perdeu a vida.
O promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho, da 5ª Promotoria de Justiça de Caçador, enfatizou que o crime foi motivado por razões fúteis. Segundo ele, a atitude do réu foi totalmente desproporcional e desmedida, considerando que a vítima estava desarmada e foi surpreendida de forma inesperada. A localização do crime também pesou na decisão do juiz, uma vez que o homicídio ocorreu em um local movimentado, onde estudantes transitavam a caminho da cantina da universidade.
Esse cenário não só elevou a gravidade do ato, mas também expôs um grande número de jovens ao risco, demonstrando um preocupante desprezo pela segurança e pelo ambiente acadêmico.