Maior sucesso da Prime Video debocha dos extremistas
EXTREMOS
A penúltima temporada de The Boys, recém-concluída, mantém o maior sucesso do Prime Video no topo em termos de entretenimento e qualidade, tanto da produção quanto do roteiro. O último episódio foi de explodir a cabeça, pra ficar na linguagem da série, e encaminhou os personagens à beira do precipício para uma conclusão inesperada.
Sintonizada com a surpreendente política estadunidense, a série escrachou o deboche ao extremismo de direita. O Capitão Pátria está cada vez mais incorporando um Donald Trump que só deseja dominar o mundo para destruí-lo. Isso, claro, é um estereotipo bastante simplista, mas como ouvi no podcast Séries no Bar, parece que o desespero da esquerda é tanto que é preciso deixar claro que Trump representa o mal e que Capitão Pátria, filho de nazistas, é sua encarnação no mundo da fantasia. Há, ainda, os negacionistas, capazes de acreditar em qualquer teoria da conspiração, encarnados em Espoleta. Nas cenas mais explícitas de politicagem, um homem invade o QG da Luz Estrela para matar pedófilos que viveriam no subsolo. Clara referência ao que aconteceu de fato quando um homem armado invadiu o comitê de campanha de Hilary Clinton sob o mesmo argumento.
Tirando essa questão política de lado, a temporada foi de reviravoltas, muito sangue, cenas violentíssimas e bizarras, como a de um super com a capacidade de se multiplicar dando prazer a si mesmo.
O embate entre os “mocinhos” e os super se dá, portanto, no contexto da corrida eleitoral para a presidência dos Estado Unidos, A Vought, empresa que administra a carreira dos super, estaria interessada direta em fazer um dos seus presidente. Claro, a turma da Luz Estrela vai tentar barrar esse intento. De modo geral, é entretenimento de primeira com doses de cinismo político e cenas impactantes. Vale sua atenção. Ansioso pela última temporada, aliás, outro acerto da produção, vai terminar na hora certa.
