domingo, 20

de

abril

de

2025

ACESSE NO 

Suspeito de matar líder indígena em Itaiópolis é preso pela Polícia Federal

Últimas Notícias

- Ads -

Hariel Paliano tinha 26 anos e era vice-cacique da comunidade onde morava

O principal suspeito de ter assassinado o vice-cacique da etnia indígena Xokleng, Hariel Paliano, foi preso na manhã desta sexta-feira, 24, por equipes da Polícia Federal. O jovem foi morto na comunidade onde morava, em Itaiópolis, no mês de abril.

Conforme informações oficiais da Polícia Federal, um inquérito foi instaurado para apurar o crime. A Justiça determinou prisão temporária do suspeito, após indícios colhidos pela PF apontarem para a autoria do assassinato por parte do suspeito.

O rapaz foi encontrado por equipes da PF na casa de parentes, em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina. A validade da prisão é de 30 dias e, neste período, a Polícia Federal seguirá trabalhando na apuração de indícios que esclareçam as circunstâncias do crime.



ENTENDA O CRIME

A informação inicial, ainda em abril, era de que Hariel teria sido morto com um tiro, porém o jovem apresentava ferimentos na cabeça que podem ter sido provocados por pauladas. Ele também teve o corpo parcialmente incendiado. Na noite de sexta-feira, 26 de abril, Hariel teria saído para fazer compras em uma mercearia e a suspeita é de que ele possa ter sofrido uma emboscada.

Segundo informações do cacique presidente, Setembrino Camlem, a mãe do rapaz soube do ocorrido enquanto estava no meio do trajeto para Brasília, e estaria indo junto do próprio cacique, padrasto de Ariel, para participar de ações ligadas ao Abril Indígena.

A família de Paliano já teria sofrido outros dois atentados recentemente, mas sem vítimas. Membros da comunidade alegam que a área onde o vice-cacique vivia com familiares possui portaria que a reconhece como terra indígena, mas uma contestação que tramita no Supremo Tribunal Federal questiona essa decisão.

A Polícia Militar e a Polícia Civil foram acionadas. Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e peritos da Polícia Federal de Joinville também estiveram no local.