Série tem episódios redondos e arco muito bem concluído
RUPTURA
Assisti logo depois da estreia os dez episódios da segunda temporada de Ruptura. Valeu o esforço para não ser vítima de spoiler. A conclusão: a segunda temporada conseguiu ser melhor que a primeira.
Explico: a primeira temporada demora deslanchar e conquistar. Até se contornar o estranhamento de uma trama bastante original e se deixar levar pelas histórias de MarcK S. (Adam Scott) e companhia, demora. A temporada termina com mais perguntas que respostas.
Pois bem, a segunda temporada entrega várias respostas e abre outras questões, demonstrando como há camadas neste roteiro tão rico e como há vários campos a serem explorados nas próximas temporadas.
A segunda leva de episódios responde praticamente a todas as questões levantadas na primeira temporada. Porém, inteligentemente, mais dúvidas vem à baila. Uma das coisas mais divertidas aos fãs da série é criar teorias a partir de pequenas, singelas e muito espertas dicas espalhadas ao longo dos episódios.
Li uma coisa com a qual concordo inteiramente. A equipe de Ben Stiller, criador da série da Apple TV+, fez essa temporada com muita vontade. É possível perceber o quanto eles se divertem em criar cenários caprichadíssimos, que sempre dizem mais do aparentemente mostram. Os personagens seguem nostálgicos, aparentemente perdidos e cheios de dúvidas. Como espectadores, sentimos isso e, graças a interpretações de excelência, embarcamos nessa dor e nos solidarizamos. É desse capricho visual, um roteiro acima da média e ótimos atores que se faz o sucesso da série, já renovada para a terceira temporada, claro, abrindo-se para uma nova frente de intrigantes mistérios. Se ainda não viu, corre ver.
