Ataque hacker no ConecteSUS comprometeu acesso ao certificado digital de vacinação
Moradores que perderam o documento que traz informações sobre o esquema vacinal contra a covid-19, entregues no ato da imunização e não conseguem tirar o documento pela internet por causa do ataque hacker ao site do Ministério da Saúde, podem solicitar a segunda via da carteira em papel para os municípios, informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Em nota a secretaria diz que caso o usuário perca a carteirinha, deve ser solicitado uma segunda via do documento para as secretarias municipais de saúde, pois as secretarias devem ter o registro em papel antes de digitarem nos sistemas, orienta a SES.
MINISTÉRIO
O Ministério da Saúde criou um hotsite para orientar brasileiros que precisem comprovar as a vacinação contra a covid-19. A informação foi dada nesta sexta-feira, 10, durante coletiva de imprensa. No endereço é possível obter todas as informações necessárias para comprovar a vacinação até que os sistemas do Ministério da Saúde sejam restabelecidos.
O secretário executivo do Ministério da Saúde (MS), Rodrigo Cruz, adiantou as possibilidades de comprovação da imunização: a versão física do cartão de vacinação, que continua válida; a segunda via do cartão, que pode ser solicitada na unidade de saúde onde foi realizada a vacinação; município que têm base própria podem emitir certificados (no hotsite estão listados quais estados tem esse sistema). Por fim, o secretário executivo adiantou que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) enviará aos países que solicitam o certificado pedido para que aceitem o cartão de vacinação.
Rodrigo Cruz lembrou que a portaria com regras para ingresso no Brasil, que estabelecia apresentação do certificado de vacinação e quarentena, está adiada por uma semana. “Para não prejudicar o brasileiro que está no exterior a gente decidiu postergar a portaria”, disse. Segundo ele, podem haver brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil que estão no exterior e não baixaram o certificado.
O secretário executivo reiterou que as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e que o governo realiza o backup dos dados de vacinação. Ainda não há estimativa de quando o sistema vai voltar a funcionar.