Série coreana surpreende e vale a pena até o último episódio
QUANDO NINGUÉM VÊ
No mar de obviedades que a Netflix nos oferece a toda semana, eis que garimpando se acha preciosidades como esta que chegou recentemente ao serviço de streaming. Quando Ninguém Vê é uma produção sul-coreana que foge longe dos doramas e apresenta uma trama inquietante e intrigante, cheia de violência e situações gritantes. Afinal, qual dorama ou produção americana começa com um lindo garotinho, pra lá de simpático que, de repente, é assassinado e esquartejado por uma madrasta maluca?
Essa é só a premissa da série que surpreende a cada episódio. Sabe aquele raro tipo de série que você termina um capítulo totalmente atordoado sem ter a menor ideia de para onde aquela trama vai?
São duas histórias, passadas em épocas diferentes, que em determinado momento vão se entrelaçar.
Na primeira, que se passa nos anos 1990, um hotel promissor cai em desgraça depois que lá se hospeda um serial killer que, não só ocupa um quarto como mata e esquarteja uma mulher na suíte. A partir de então, o lugar passa a ser chamado pejorativamente, claro, de “hotel do terror”, levando, claro, a ninguém querer se hospedar nele. Logo, a família que administra o local cai em desgraça completa.
Pula para 2024 e um senhorio hospeda uma mulher com seu suposto filho de 6 anos em sua casa de temporada. O solitário senhor e seu sócio simpatizam com o menino e brincam com ele o dia todo. No dia seguinte, a mulher deixa a casa carregando o que sobrou do menino em uma mala. Mas para o senhorio nada fica muito claro. A casa está limpíssima, mas, há sangue em um disco. Seria do menino? Corre para as câmeras de segurança e a imagem da mulher sofrendo para colocar a grande mala no carro não sai da cabeça do locatário. Convivendo com essa dúvida, um ano depois eis que a mesma mulher volta à casa, querendo comprá-la. Começa aí um jogo de gato e rato eletrizante.
Tenho certeza de que sua curiosidade foi despertada. Então, bora maratonar Quando Ninguém Vê. Recomendo com entusiasmo.