Responsável pela segurança das rodovias diz que não foi informada sobre protestos
O posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mafra informou que não foi comunicada sobre o manifesto marcado para a manhã desta terça-feira, 7, que, segundo o presidente da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), Francisco Burgardt, vai fechar a BR-280 nos três acessos a Canoinhas.
Segundo Burgardt, a partir das 7 horas de terça-feira, 7, serão fechados os acessos à cidade pelo trevo da CIA, da Fiat e do Parque de Exposições Ouro Verde. “Haverá liberação de veículos pequenos, viaturas oficiais, com material hospitalar, pessoas doentes e com carga viva”, explica. Uma carreata está marcada para às 9 horas.
No dia 8 os caminhoneiros permanecem paralisados. Será o dia em que Burgardt e outros três membros de associações de caminhoneiros entregarão uma moção ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dando o prazo de 72 horas para ele colocar em votação projeto de lei de 2018 que institui o voto impresso já a partir das próximas eleições. No dia 11 se esgotam as 72 horas, mas somente na segunda, 13, todas as rodovias serão interditadas para todo e qualquer veículo, segundo ele, se não haver providência por parte de Pacheco. “O direito de ir e vir será garantido, mas se estiver de carro, de moto, não vai passar”, garante. “Só vamos sair de Brasília com a garantia na mão. Se o Senado dizer não, vamos permanecer parados, pelo tempo que for necessário”, segue.
Questionada pela imprensa, a PRF informou que “se houver algum bloqueio, o procedimento normal da PRF nestes casos é negociação pacífica para que o protesto seja o mais breve possível.”
STF
Outro pleito dos caminhoneiros, segundo Burgardt, é o impeachment dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Estão prendendo gente de bem sem o devido processo e soltando pessoas com condenação em segunda instância. Isso tem de parar”, justifica, afirmando que no caso de os 11 ministros serem destituídos, caberia a Bolsonaro indicar os 11 novos nomes. “Não estamos indo a Brasília para pedir nada, estamos indo para dar uma ordem ao senhor Rodrigo Pacheco. Vocês de Canoinhas vão se surpreender com o tamanho disso tudo. Nunca tivemos algo parecido, nem em 1964”, afirma.
Questionado sobre os preços dos combustíveis, pauta que motivou as manifestações de 2018, Burgardt deixa claro que essa não é a pauta. Segundo ele, a culpa pela alta dos combustíveis está no ICMS, imposto estadual.