PT, PRTB e Democracia Cristã se apresentam como possibilidades
CENÁRIO
COLUNA DE DOMINGO A eleição municipal deste ano caminha para a polarização entre duas fortes candidaturas: de um lado a candidatura natural de Juliana Maciel Hoppe (PL) com apoio do União Brasil, PRD, PP, AGIR e Cidadania. Do outro está Beto Faria (MDB), ex-prefeito que vem com o forte apoio do PSD e do Republicanos.
Na entrevista deste sábado, 3, à coluna, Andrey Watzko (PT) lançou pré-candidatura e, apesar de todo o apoio profissional que deu a Beto Passos, jogou o ex-prefeito, réu na Et Pater Filium, no colo de Beto Faria. Bomba!
Ao mesmo tempo sugeriu que Renato Pike ajuda na campanha de Juliana. Outro bomba.
Quem comprar esse discurso de Watzko tende a desacreditar das duas candidaturas com cara de protagonistas. Aí é que entram as cinco outras opções: Watzko deve sim ser candidato. Samuel Lubke não abre mão de cabeça de chapa pelo PRTB. Já Chicão Caminhoneiro (DC), me parece, seria o mais propenso a abrir mão da candidatura em prol de Juliana, possivelmente, dada a simpatia da prefeita pelo bolsonarismo, bandeira desde sempre de Chicão. O mesmo ocorre com Robson Calixto (PRD). Já Roberto Bradonski (Avante) deve ir com Watzko.
Claro que se trata de um contorcionismo político afirmar com todas as letras que um desses nomes possa vir a ser eleito por causa da polarização, mas que vão incomodar Juliana e Faria, isso vão.
Esse incômodo pode ser menor se eles souberem articular melhor suas parcerias. A pulverização de pré-candidaturas (sete é um número bem expressivo) pode trazer resultados imprevisíveis. Cada voto conquistado pela terceira via é de um descontente com Juliana ou Faria. Quanto menos opções esse eleitor tiver, mais chances ele terá de escolher por um dos dois. É uma questão matemática, que escapa de qualquer conceituação política.