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Oposição articula CPI contra Schiessl; prefeito tem maioria na Câmara

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Três vereadores devem assinar o pedido de abertura de uma comissão para investigar prefeito

Vereador Gilvane Machado (Progressistas) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Bela Vista do Toldo na noite desta quarta-feira, 5, para comentar o vídeo em que o prefeito Carlinhos Schiessl (MDB) aparece tentando intervir em uma ocorrência policial envolvendo um compadre do prefeito. “Ele (Carlinhos) se comportou de maneira alterada e em tom agressivo tentou intervir na situação, falando que mandava na cidade e ameaçando o policial. O prefeito não demonstrou o respeito e a postura que o cargo exige. O prefeito é uma autoridade pública que tem de respeitar as leis. Todos, independente de sua posição, precisam respeitar quem trabalha para garantir a ordem e a segurança da população. O episódio gerou uma imagem negativa da cidade que precisa ser refletida. Para estar na política é preciso gostar de gente, saber ouvir, ter postura de líder. Em dois meses de mandato, ele envergonhou em nível nacional o nosso município. Estou triste. Há outras denúncias que também repudio. Vamos abrir uma CPI. Preciso de mais duas assinaturas, a minha a CPI já tem”, discursou.

Anselmo Woidella (Podemos), também de oposição, usou a tribuna para criticar o prefeito. “Não quero entrar no mérito, isso já está ramificado em vários meios de comunicação”, disse ao mencionar vários portais de notícias e emissoras de TV de alcance nacional que reproduziram o vídeo. “Imagine o tamanho do impacto para uma cidade com menos de 7 mil habitantes?”, refletiu ao lembrar do papel constitucional dos vereadores que, sobretudo, devem zelar pelo Município. “Não temos de ficar calados. Se fizéssemos qualquer coisa que não seguisse as leis, seríamos cobrados”, afirmou ao garantir sua assinatura para a abertura de uma CPI.

Fábio Cariolatto (Republicanos) também repudiou a atitude do prefeito. “Nenhum cidadão exercerá a democracia na ilegalidade. Nós carregamos como políticos o nome do nosso Município. Não somos engraxates de prefeito, pelo menos no que me diz respeito e acredito que possa dizer o mesmo dos meus colegas. Parabéns ao policial. Peço desculpas a população em geral”, disse. O vereador não mencionou, no entanto, se vai assinar o pedido de CPI. Mais tarde, à reportagem, ele disse que vai se reunir nesta quinta-feira, 6, com os outros vereadores de oposição para tomar uma decisão.

ASSINATURAS

Apesar de a oposição aparentemente reunir assinaturas que obrigam o presidente da Câmara, Osni Stelzner (MDB), a abrir uma comissão processante, não há quórum neste momento para que um parecer contrário a Schiessl seja aprovado pelo plenário.

Osni ainda precisa formar a comissão que, em um prazo de 90 dias, deve emitir um parecer pelo arquivamento ou indiciamento do processo contra o prefeito à mesa diretora da Câmara.

Se o relatório for aprovado dentro da comissão e todos os prazos forem esgotados, o documento é entregue ao presidente da Câmara, que decide quando colocá-lo em votação. Seja ou não favorável ao impeachment, o relatório só pode ser aprovado por dois terços do total de nove vereadores (seis, no caso). Contudo, dos nove vereadores, somente três são declaradamente oposição.