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O que já se sabe sobre sequestro de empresário resgatado em Monte Castelo

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Funcionária dele é suspeita de planejar o crime

O sequestro cinematográfico que movimentou a semana na região tem novas revelações. A suposta mandante do sequestro do empresário do ramo de produtos hospitalares foi presa no início da tarde desta quinta-feira, 19, em Curitiba. O homem de 58 anos foi resgatado em operação conjunta entre equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil de Santa Catarina e do Paraná. Agora chega a revelação de que ela era funcionária do empresário.

O grupo suspeito de sequestrar o homem em Curitiba começou a monitorá-lo cerca de 14 dias antes do crime. É o que afirma o delegado Thiago Teixeira, responsável pelas investigações do caso, em entrevista ao portal G1.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o empresário foi sequestrado após um acidente de carro na noite de terça-feira, 19. O acidente foi planejado para facilitar o sequestro. A principal motivação dos criminosos era obter um resgate milionário.

O carro da vítima foi encontrado incendiado um dia depois. O empresário foi resgatado cerca de 18 horas depois, em Monte Castelo, após os suspeitos serem perseguidos pela polícia.

MODUS OPERANDI

O sequestro do empresário em Curitiba apresentou um modus operandi bastante elaborado e surpreendente. Tudo começou com o acidente de trânsito aparentemente comum, que serviu como um disfarce perfeito para iniciar o sequestro. Essa estratégia permitiu que os criminosos abordassem a vítima de forma inesperada e a levassem para o cativeiro.

O elemento mais chocante deste caso é o envolvimento da funcionária da vítima no planejamento do crime. Essa pessoa, que tinha acesso à rotina e aos hábitos do empresário, foi fundamental para o sequestro.

A vítima foi levada para um cativeiro, onde foi mantida sob vigilância durante a madrugada de quarta-feira, 18. Os criminosos exigiram um R$ 3 milhões em dinheiro como resgate, mas a família conseguiu bloquear as transações bancárias. Segundo o delegado, na manhã de quarta-feira, a equipe de investigação apurou que a vítima havia entrado em contato com sua instituição bancária.

Como houve o bloqueio, os sequestradores passaram a se deslocar com a vítima em um Virtus. O objetivo era ir para o Rio Grande do Sul. A vítima seria liberada assim que a transferência fosse concluída. Porém, a ação rápida de policiais civis e militares do Planalto Norte, que montaram uma barreira na BR-116, entre Papanduva e Monte Castelo, frustrou os planos do sequestradores. No momento houve perseguição e os bandidos acabaram batendo o carro em uma lateral da rodovia. O empresário foi salvo sem ferimentos e um dos sequestradores foi preso. Os outros três fugiram, mas foram presos na quinta-feira, 19. Um dos suspeitos do sequestro iria receber R$ 200 mil para atuar no crime.

Segundo os sequestradores, eles teriam sido contratados pela funcionária para cobrar uma dívida de R$ 10 milhões da vítima. O advogado da mulher tenta descaracterizar o sequestro para “desacordo comercial”.

O homem foi resgatado sem ferimentos e as transferências bancárias não chegaram a se concretizar. Durante o sequestro, houve movimentação bancária por parte da família da vítima. No entanto, a transação foi negada pelo banco.

Os cinco presos devem ser indiciados pelo crime de sequestro.