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O que dizem as pesquisas na iminência da campanha eleitoral

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Não devemos esperar grandes alterações nos números nos próximos tempos

Na próxima terça-feira faltarão exatamente dois meses para que os pouco mais de 150 milhões de brasileiros aptos a votar, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vão as urnas para escolher os seus representantes para os próximos quatro anos.

Pensando nessa questão hoje vou me atentar a última pesquisa do Datafolha, que foi divulgada na tarde de quinta-feira, 28. O cenário apresentado por ela em comparação com a última do mês de junho mostra que o brasileiro está decidido em quem votar para o cargo de presidente da República.

Primeiramente precisamos lembrar que nos últimos dias, inclusive abordamos aqui na coluna, o presidente Jair Bolsonaro (PL), utilizou do seu poderio para tentar criar artimanhas que atraíssem possíveis votos de eleitores petistas. Aqui podemos citar a PEC Kamikaze, que aumentou o valor do Auxílio Brasil e criou o Auxílio Caminhoneiro e também a redução do preço dos combustíveis.  Essas questões foram desenvolvidas por Bolsonaro e sua equipe pensando em atingir diretamente as parcelas da população que sentiram um peso maior durante os dois anos de pandemia da covid-19.

Agora, ao observarmos os números divulgados pelo Datafolha nesta quinta, 28, podemos notar uma estabilização dos candidatos. Jair Bolsonaro, não conseguiu tirar votos do ex-presidente Lula (PT).

De acordo com o instituto, em junho o pré-candidato petista tinha 47% dos votos, que foram mantidos no levantamento apresentado agora. Bolsonaro saiu dos 28% dos votos na pesquisa passada para 29% agora, porém a mudança é pequena dado o tamanho da artilharia utilizada pelo atual presidente.

É claro que não podemos esquecer da fatídica reunião promovida por Bolsonaro com mais de 40 embaixadores e que foi utilizada para denegrir ainda mais o sistema eleitoral brasileiro, deixando claro a iminente construção de um golpe na democracia. Ela poderia ter servido de pontapé para uma migração de votos bolsonaristas para algum pré-candidato, ou mais especificamente Lula. Mas para o alívio da equipe política do presidente isso não aconteceu.

O que eu gostaria de contextualizar aqui utilizando esses e outros números apresentados pelo último Datafolha, é que a dois meses do primeiro turno das eleições, fica percetível que o brasileiro está decidido em quem votar. Não estão ocorrendo grandes oscilações nas últimas pesquisas, e isso mostra que 47% dos brasileiros acham que o melhor para o Brasil é o retorno de Lula ao poder.

Percebe-se ao analisar esses outros números apresentados pelo instituto, que Bolsonaro e sua equipe terão que fazer um trabalho suado, dentro dos meios democráticos, para conseguir tirar algum voto de Lula. Para isso basta analisar dois números em específico: o primeiro é a rejeição do governo que está em 45%. Já o segundo são os 53% dos brasileiros que não votariam em nenhuma hipótese em Bolsonaro contra os apenas 36% de Lula.

 As contas estão bem fechadas e definidas para 71% dos brasileiros que afirmam que não irão mudar de votos até o pleito do dia 2 de outubro. Aos dois principais pré-candidatos restam 60 dias de trabalho, é claro que não podemos esquecer que nas próximas semanas entraremos enfim no período eleitoral e muito da campanha em si começará a ser feita exclusivamente nesse momento. Porém não devemos esperar grandes alterações nos números nos próximos tempos.

Antes de encerrar eu ainda trago duas últimas questões: a primeira é algo que já vem ocorrendo desde a última eleição em 2018: não existe mais terceira via no Brasil. Ciro Gomes nunca ultrapassa a casa dos 8%, Simone Tebet, infelizmente, segue estabilizada lá na lanterninha.

O ponto final, é um número importante e que foi comemorado pela maioria, segundo o Datafolha. Se as eleições fossem hoje e se considerarmos apenas os votos válidos, Luís Inácio Lula da Silva deverá subir a rampa do Planalto em 1º de janeiro de 2023.