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O plano de Juliana Maciel para estadualizar seu nome

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Prefeita não diz claramente, mas seus gestos são cristalinos

COLUNA DE DOMINGO Em mais um exemplo do quanto está anacrônico e impopular, o presidente Luis Inácio Lula da Silva gravou um vídeo achando que iria se reconciliar com o povo ao mandar as pessoas não consumirem alimentos que estão com preços nas alturas. É abismante saber que o governo gasta bem com marqueteiros para eles permitirem uma performance tão desastrosa.

Foi prato cheio para a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL), que cada vez mais vem se aproximando de um público bem mais amplo. O vídeo em que ela mostra em um supermercado alimentos básicos como arroz e óleo de soja, que estão com o preço bem salgados, e pergunta ao presidente como que o brasileiro vai deixar esses alimentos nas prateleiras, viralizou no Instagram, com mais de mil curtidas e 200 compartilhamentos até sexta, 7.

Na semana passada, a prefeita de Canoinhas assumiu a vice-presidência da agência estadual de saneamento e durante o acidente com o ônibus canoinhense em Joinville, passou o dia levantando a bola para lideranças estaduais como Sargento Lima, dando a entender que ele teria feito algo relevante para ajudar as vítimas, o que não aconteceu.

São atos isolados que somam um propósito. Alguns muito bem sacados, como a crítica pontual ao presidente Lula, e outros nem tanto, como a tentativa de politizar uma tragédia e elogios a Jessé Lopes (PL), o deputado que recebeu o homem que atirou em Maria da Penha, deixando-a dependente de uma cadeira de rodas, e disse que a história não estava bem contada. No saldo, Juliana vai bem rumo a ideia de estadualizar seu nome. Recentemente, ela foi reconhecida por um motoboy em Balneário Camboriú, que disse segui-la no Instagram. Ficou surpresa.

O primeiro teste desta empreitada será no ano que vem, quando ela pretende se candidatar a deputada estadual. Juliana sabe como é difícil uma eleição como essa, especialmente no Planalto Norte, onde nunca houve consenso em torno de um nome e em que até canoinhenses não votam em candidatos da cidade, optando por gente que nunca pisou por aqui, como foi o caso de Ana Caroline Campagnolo (PL) na eleição passada. Daí a necessidade de elevar seu nome para outras plagas.

Se nenhum acidente de percurso prejudicar seus planos, Juliana tem tudo para obter apoio do governador Jorginho Mello (PL) que, aparentemente, vê potencial em seu nome. Se Mello abençoar sua campanha, ela pode fazer votos fora do seu território. Aqui, vai enfrentar o desafio de concorrer, provavelmente, com Emerson Maas (MDB), atual prefeito de Mafra, ou com algum outro indicado do MDB local, que pode ser Paulinho Basilio. Há, ainda, uma sinalização por parte de Elói Quege, ex-prefeito de Três Barras que, a depender dos ventos, pode convencer a esposa a ir para a disputa, já que Ana Claudia Quege (MDB) não pode ir a reeleição para prefeita. Como os três possíveis adversários aqui elencados são do MDB, é provável que haja consenso em torno de um dos nomes, a apostar em Maas, o que concentraria a disputa entre Juliana e alguém do MDB, um mundo ideal para a prefeita de Canoinhas. Mafrense raramente vota em canoinhense e vice-versa.

A corrida por 2026 está só começando.