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Médico chama atenção para precariedade no atendimento do IML de Canoinhas no começo de 2025

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Segundo ele, decisões equivocadas devem gerar vários problemas

PRECARIEDADE

O perito médico-legista de São Bento do Sul, Jorge Ricardo Paqueira, fez um alerta à coluna sobre o caos que deve se instaurar no começo de 2025 com decisões tomadas com relação aos plantões do Instituto Médico Legal (IML) de Canoinhas.

Segundo ele, a comunidade de Canoinhas e região está prestes a enfrentar uma situação preocupante envolvendo o funcionamento do IML local, que é essencial para garantir a realização de exames periciais, como os de corpo de delito e necropsias. Decisões recentes da Superintendência Regional da Polícia Científica de Joinville podem comprometer seriamente os serviços prestados à população e às forças de segurança.

De acordo com informações obtidas pelo médico, no período de 6 a 20 de janeiro de 2025, o atendimento no IML de Canoinhas ficará sob responsabilidade de apenas um médico legista, o Dr. Ricardo da Fonseca Filho, que reside em Curitiba, contrariando a legislação vigente que exige que esses profissionais residam na sede de suas lotações. Além disso, foi autorizado que o médico tenha um dia livre por semana, resultando na transferência de todos os atendimentos de Canoinhas para outras unidades entre os dias 11 e 18 de janeiro de 2025.

Segundo o médico, essas medidas trarão os seguintes impactos negativos:

Prejuízo à população: A decisão de transferir corpos para necropsia na unidade de Joinville aumentará os custos e o tempo de espera para as famílias, que já enfrentam momentos delicados em casos de óbito.

Sobrecarga de outras cidades: Os casos de exames de corpo de delito e necropsias serão redirecionados para os núcleos de São Bento do Sul ou Mafra, que já possuem demandas elevadas e podem não dar conta de atender casos adicionais.

Impacto nas forças de segurança: A ausência de um médico legista em Canoinhas dificultará o atendimento de exames de corpo de delito para casos da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal e outras operações essenciais de segurança pública.

Apesar dos alertas sobre os problemas dessa decisão, a Superintendência Regional de Joinville autorizou o planejamento, demonstrando, na visão de especialistas, conivência com a precarização do atendimento no IML de Canoinhas.

“Vale destacar que, historicamente, unidades como São Bento do Sul têm coberto férias de médicos internamente, sem depender de outros núcleos. Isso demonstra que é possível manter o atendimento em Canoinhas sem prejudicar outras regiões, desde que haja gestão adequada e respeito à legislação”, argumenta o médico.

“A comunidade de Canoinhas, as forças de segurança e os órgãos de justiça precisam de serviços periciais que funcionem de forma ininterrupta, eficiente e dentro das normas. A ausência desses serviços causa prejuízos diretos à segurança pública e às famílias que dependem da atuação do IML”, conclui Paqueira.

Procurada, a assessoria de imprensa da Delegacia Geral da Polícia Civil não respondeu ao pedido de contraponto. Se este houver, posteriormente, este texto será atualizado.