Em Mafra e Rio Negro, uma lista que cita comércios supostamente esquerdistas circulou no WhatsApp
Listas que pedem boicotes a empresas supostamente ‘esquerdistas’ que estão sendo compartilhadas em grupos de WhatsApp são alvo de investigação da Polícia Civil em Santa Catarina e no Paraná.
Em Canoinhas, uma lista com o nome de pelo menos 20 comércios dos mais variados ramos da cidade circulou na primeira quinzena de outubro em grupos de WhatsApp invariavelmente acompanhada de um vídeo onde um casal não identificado pela reportagem faz um raciocínio sobre o resultado das eleições do primeiro turno no dia 2 de outubro. A lista teve centenas de compartilhamentos e trazia somente como descrição que seria “lista de comércios PT de Canoinhas”.
Cerca de uma semana depois do caso ser registrado em Canoinhas, no dia 18 de outubro, uma lista semelhante passou a circular em grupos de WhatsApp em Mafra e em Rio Negro (PR), citando profissionais e empresas que supostamente seriam esquerdistas. Uma advogada de Mafra teria sido citada em uma das mensagens compartilhadas.
Nesta semana, a Polícia Civil instaurou um termo circunstanciado para investigar o caso de Riomafra como crime de injúria eleitoral. Foram acionados também a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC) e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
