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Justiça e relações humanas

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A Vida não é Justa reflete sobre histórias de vida

O livro A vida não é justa, é o título dado a uma obra, publicada no ano 2012 pela magistrada Andréa Maciel Pachá, que aborda questões profundas sobre a natureza da justiça e suas limitações na resolução de conflitos humanos. A autora, juíza da vara da família, utiliza sua vasta experiência para refletir sobre as histórias de vida que chegam ao tribunal, marcadas por sentimentos como dor, amor, perda e esperança. O problema central discutido na obra é a dificuldade do sistema jurídico em atender plenamente as complexidades das relações humanas, uma vez que a vida, em sua essência, é imprevisível e cheia de nuances.

O conteúdo da obra é recomendado a quem deseja compreender a fragilidade emocional das pessoas nos momentos de crise e a importância do amor e apoio da família durante esses processos. Mais do que casos jurídicos, os relatos revelam a humanidade por trás das sentenças, pois evidencia que existem sentimentos, dores e histórias que ultrapassam o simples cumprimento da lei.

O livro traz diversas histórias reais sobre separações, reconciliações e disputas familiares, sempre evidenciando o impacto que o tribunal tem sobre a vida dos indivíduos em regular e mediar questões tão pessoais e emocionais. Apesar de a justiça tentar equilibrar os conflitos, a vida é complexa e, muitas vezes, as soluções não estão nos processos, mas no afeto e na resiliência daqueles que enfrentam as dificuldades.

A obra aborda diversos casos marcantes, sendo um deles, o capítulo “Fala quem pode” que narra o momento em que uma mãe, no dia do divórcio da filha, a recebe de volta com um buquê de rosas vermelhas, as mesmas que um dia ofereceu ao genro no casamento. De braços dados, mãe e filha deixam a audiência, não como um fim, mas como um recomeço.

As cenas são repletas de simbolismos, e,  é um convite para quem ainda não leu a obra . Será que você vai deixar essa leitura passar? No fim das contas, a vida pode não ser justa, mas em tempo de dificuldade, as leis podem determinar o desfecho de um caso, no entanto, o amor familiar é uma das maiores forças que uma pessoa pode ter.

A obra é curta, com aproximadamente 221 páginas, e dividida em vários capítulos. Embora seja muito utilizada no meio jurídico, não se restringe apenas aos acadêmicos de direito. Seu texto é acessível e de fácil compreensão tornando a leitura agradável para qualquer pessoa interessada no tema, pois não aborda questões técnicas e/ou complexas do arcabouço jurídico. Com um olhar humano, a autora explora aspectos do direito civil, especialmente do direito de família. Para aqueles que têm curiosidade sobre essas áreas, é uma leitura interessante e envolvente.

Autores: Emelin Carolaine da Silva e Milena Munhoz, acadêmicas do 3º período do curso de Direito UGV Canoinhas. Este texto foi supervisionado e orientado pela Coordenadora e Professora Danielly Borguezan, na disciplina de Direito Processual Civil