Cães ajudam os tutores a se recuperarem
O cão é o melhor amigo do homem, companheiro do dia a dia, que está sempre ao nosso lado nos momentos bons e também nos momentos difíceis. O vínculo afetivo entre tutor e cão pode, inclusive, aliviar o sofrimento de um tratamento de saúde. Essa não é uma suposição e tem até nome: é a cinoterapia. Vale também para outros animais domésticos.
Nesta semana, o Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC) iniciou o tratamento com esse tipo de terapia. A cinoterapia consiste em usar o animal de estimação como facilitador do processo de recuperação do paciente. Segundo Karin Adur, administradora do Hospital, a ideia era ter implantado este projeto no ano passado, porém, devido a pandemia, a iniciativa foi sendo deixada de lado.
Nesta terça-feira, 6, o filho de uma paciente diagnosticada com câncer, contou para a equipe do hospital que a cachorrinha de sua mãe estava bem diferente em casa devido a ausência de sua dona. O animalzinho estava bravo, estressado, como nunca tinha sido antes, e o filho imaginou que fosse saudades de sua mãe, porque ela sempre cuidava da cachorrinha. O rapaz pediu se havia a possibilidade de levar a cachorrinha para ver a mãe, que foi prontamente aceita pela equipe do HSCC.

“Fez muito bem, tanto para a cachorrinha, quanto para a dona. Foi emocionante para todos nós, para ela, para o filho e para nós da equipe do hospital”, contou Karin.
“O tratamento com cinoterapia pode ser tanto o cachorro treinado, como é o do Corpo de Bombeiros, quanto ao cachorro que é do próprio paciente, de estimação. Não é necessário que seja cachorro, podem ser outros bichinhos de estimação dóceis, como gatos, passarinhos, coelhos, enfim, outros bichinhos de estimação”, explicou.
A cinoterapia é uma forma de estimular e facilitar a recuperação dos pacientes. O contato com o animal estimula funções motoras do paciente, desenvolve a fala, aumenta a confiança, autoestima e atenção, além de trabalhar aspectos como cognição, expressão, imagem corporal, memória, equilíbrio, aspectos afetivos, reintegração terapêutica e linguagem.
A ideia do projeto é “mostrar a humanização do atendimento e capacidade de empatia. Buscamos de todas as formas, o bem-estar do paciente, mesmo nesse momento tão difícil”, afirma Karin.