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Guerra na Ucrânia afeta rede de gás natural para Canoinhas e Três Barras

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Projeto foi adiado por falta do insumo

ADIADO

A SCGás, concessionária de distribuição de gás natural de Santa Catarina, encerrou Chamada Pública lançada em maio, que tinha como objeto o fornecimento de gás natural para sistema regional de distribuição ampliando o fornecimento, restrito a Rio Negrinho, no Planalto Norte, para Mafra, Três Barras e Canoinhas. Segundo a companhia, foram apresentadas duas propostas, mas diante das alterações mercadológicas que afetaram o escopo da chamada, nenhuma foi selecionada. A informação foi divulgada ontem pela colunista da NSC, Estela Benetti.

O projeto da SCGás, orçado em R$ 12 milhões, foi anunciado em 2021 e o plano inicial era colocá-lo em operação em 2023. Segundo a colunista, o projeto foi postergado porque as obras do Terminal de Gás Sul (TGS), que prevê fornecimento de gás natural liquefeito para Região Sul a partir da Baía da Babitonga, em São Francisco do Sul, estão atrasadas. O motivo principal seria a dificuldade em definir um supridor global em função das mudanças no mercado. Por causa da guerra na Ucrânia, os fornecedores estão priorizando entregas para a Europa.

A rede no Planalto Norte contemplaria Canoinhas, Três Barras e Mafra, levando gás natural para grandes papeleiras como WestRock, Mili e CIA Canoinhas de Papel. Pelo projeto, o gás liquefeito ou gás comprimido será levado de caminhão para ser colocado numa rede regional, a exemplo do que já acontece em Lages.


DESPERDÍCIO

A notícia sai justamente no dia em que a coluna de Economia do jornal O Estado de S.Paulo traz a informação que o Brasil deixou de arrecadar R$ 118 bilhões em tributos, nos últimos cinco anos, com a reinjeção de gás natural nos campos de extração de petróleo. Ou seja: em vez de o insumo ser consumido, ele volta para os poços de onde os volumes são extraídos.

Se forem somados os valores que o governo recebeu de dividendos da Petrobras, impostos sobre combustíveis, leilões e outras participações governamentais, o valor é menor do que o que ele deixou de receber reinjetando o gás natural.




MOTIVO

O principal motivo para a reinjeção do gás natural nos poços de extração de petróleo é a falta de investimento em infraestrutura de escoamento. Além de prejudicar a arrecadação, que poderia ser destinada a áreas como saúde e educação, o Brasil perde a oportunidade de garantir a segurança energética. Apesar de o País ter uma produção capaz de suportar a demanda nacional, atualmente importa 50% do consumo de gás natural porque não há infraestrutura para que o produto chegue até o consumidor final. Por falta de gasodutos entre as unidades produtoras e a costa brasileira, o Brasil reinjeta quase a metade do gás natural produzido.


TRAVADO

Ainda de acordo com a coluna do Estadão, a situação se agravou este ano, após o impasse criado pela paralisação das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Gaslub (ex-comperj), em Itaboraí, no Rio de Janeiro, que adiou a entrada em operação da Rota 3, um gasoduto que traria este ano gás natural do pré-sal para ser processado na UPGN. Com a Rota 3, a estimativa é de que a oferta de gás cresça cerca 40%.




DESTAQUE

O IBGE divulgará hoje dados preliminares do Censo e a boa surpresa é que em todo o Estado de Santa Catarina, Canoinhas se destaca como cidade mais avançada nas entrevistas até agora.




CHAPÉU ALHEIO

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para mostrar o avanço nos trabalhos da BR-163, no Extremo Oeste de Santa Catarina. A obra na rodovia, no entanto, é paga com recursos do Governo do Estado.



A VICE

O deputado estadual Moacir Sopelsa (MDB) deve assumir o Governo do Estado neste sábado, 3.  Contudo, até agora, a vice-governadora Daniela Reinehr (PL) diz que não foi informada oficialmente da intenção do governador Carlos Moisés (Republicanos) de se licenciar e que soube de toda a movimentação pela imprensa.

Moisés sairá do cargo temporariamente para cuidar da campanha, mas a licença é também um gesto agrado ao MDB, já que Sopelsa chegou a ser cogitado como seu vice.

À Daniela não interessa assumir o governo porque ela perderia a possibilidade de concorrer nas próximas eleições. A vice é candidata a deputada federal pelo PL. Ela diz, contudo, que só tomará uma decisão quando comunicada oficialmente da licença por Moisés.





INCÓGNITA

Quem passa pela recém-inaugurada obra de reforma do prédio que já abrigou a prefeitura de Canoinhas e o extinto Besc, agora revitalizado pela Justiça do Trabalho, se surpreende com a fragilidade da “casca” que fez parte da reforma. Não se sabe se fruto de depredação ou algum problema no prédio, dois buracos revelam a antiga estrutura em concreto.

A reforma do prédio foi inaugurada em agosto do ano passado em cerimônia virtual. O custo da obra não foi revelado. No vídeo abaixo, divulgado pela Justiça do Trabalho, é possível conhecer o prédio depois de reformado: