O livro apresenta uma realidade distópica em que o Estado busca manter a população na ignorância
Fahrenheit 451 é um dos romances distópicos mais influentes da literatura mundial, publicado em 1953. A obra foi escrita por Ray Douglas Bradbury, mais conhecido como Ray Bradbury, um renomado escritor e roteirista.
O livro apresenta uma realidade distópica em que o Estado busca manter a população na ignorância. Nesta obra, os livros são considerados uma ameaça ao sistema, enquanto a sociedade é dominada por telas e tecnologia. Nessa realidade, os bombeiros exercem uma atividade diferenciada daquela que conhecemos hoje; estes não apagam incêndios, mas ao contrário, “provocam fogo queimando livros” para impedir que as pessoas adquiram conhecimento e questionem a ordem imposta pelo Estado.
Neste sentido, o título da obra faz referência à temperatura em que o papel entra em combustão: 451 graus Fahrenheit, o que equivale a aproximadamente 233°C.
A trama acompanha Guy Montag, um bombeiro casado com Mildred, uma mulher emocionalmente vazia, cujo psicológico foi deteriorado pelo consumo excessivo de mídia. Inicialmente, Montag vive de forma conformada, sem questionar o mundo ao seu redor. No entanto, sua perspectiva muda ao conhecer Clarisse McClellan, uma jovem curiosa que desperta nele o interesse pelo passado e pelo valor dos livros. A partir desse encontro, ele percebe a alienação de sua sociedade, onde as pessoas estão imersas em entretenimentos superficiais, e incapazes de exercer senso crítico ou reflexão. Esse despertar o leva a desafiar o sistema.
Recomendamos essa obra porque, apesar de ter sido escrito há mais de 70 anos, Fahrenheit 451 continua extremamente atual. A narrativa trata de temas como censura, controle da informação, alienação midiática e o impacto da tecnologia no pensamento humano. Bradbury nos alerta sobre os perigos de uma sociedade que evita debates profundos e valoriza o consumo rápido de conteúdos superficiais.
A obra vale muito a pena ser lida, pois ele reforça a importância do conhecimento e da liberdade de expressão. Em um mundo onde a desinformação se espalha rapidamente, Fahrenheit 451 permanece um clássico indispensável. A escrita é instigante e simbólica, características marcantes de Bradbury, o que torna a leitura envolvente e reflexiva.
Autores: Kelli da Cruz Gonçalves e Eduarda Gonçalves Maciel, acadêmicas do 3° período do curso de Direito UGV Canoinhas. Este texto foi supervisionado e orientado pela coordenadora e Professora Danielly Borguezan na disciplina de Direito Processual Civil