Experimento está sendo feito em Papanduva, com o apoio da Estação Experimental da Epagri de Canoinhas
O pinhão, um dos tesouros da flora catarinense, tem conquistado paladares e corações em todo o Brasil, e a tendência é que seu valor continue a crescer nos próximos anos. Deixando para trás a imagem de um simples produto do extrativismo, o pinhão agora se destaca como uma fonte de renda sustentável para milhares de famílias.
A Epagri, sempre à frente, tem apoiado os produtores com orientações técnicas sobre o manejo e o mercado. Além disso, realiza pesquisas para tornar essa atividade cada vez mais profissional e duradoura.
Uma das iniciativas mais promissoras acontece no Planalto Norte. Em parceria com a Embrapa Florestas, uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária localizada em Colombo (PR), a Estação Experimental da Epagri em Canoinhas está desenvolvendo um pomar de araucárias enxertadas no município de Papanduva, com foco na produção de sementes.
EXPECTATIVA EM ALTA
Em uma área que supera os cinco hectares (equivalente a 50 mil metros quadrados), estão em crescimento exemplares coletados de diferentes regiões do país. As árvores passam por um processo chamado enxertia, que é uma técnica de multiplicação que une duas plantas com características desejáveis para gerar uma nova. O objetivo aqui é criar cultivares que produzam pinhão de forma mais rápida.
Embora o experimento ainda esteja em suas fases iniciais, com as plantas em processo de estabelecimento, a expectativa entre os pesquisadores é bastante otimista.
“Esperamos que, nesta área, em sete anos, tenhamos a produção comercial de pinhão de qualidade e com precocidade, tornando-se um produto regional do Planalto Norte Catarinense”, afirma o engenheiro-agrônomo Gilcimar Adriano Vogt, gerente da Estação Experimental da Epagri em Canoinhas.
Fonte: Epagri