Everson Moreira, 51 anos, foi morto por engano ao ser confundido com um colega de trabalho
A Justiça da comarca de Porto União realizou júri sobre homicídio registrado em março deste ano, no bairro São Francisco. Dois homens foram condenados a penas de 18 anos e oito meses, e 20 anos e 10 meses, ambos em regime fechado. Durante o Tribunal do Júri, ocorrido no dia 29 de novembro, os jurados reconheceram as qualificadoras de homicídio cometido mediante paga ou promessa de recompensa, por meio que resultou perigo comum e por recurso que dificultou a defesa da vítima. Eles são acusados de executar, por engano, um homem que aguardava o ônibus para ir ao trabalho. O crime teria sido encomendado pelo irmão da vítima pretendida.
A pena menor foi atribuída ao acusado de ter pilotado a motocicleta utilizada no crime e na fuga da dupla. A ação seria um pagamento de dívidas de droga que possuía com integrantes de uma organização criminosa. E a pena maior foi determinada ao autor dos disparos de arma de fogo que atingiram a vítima. O homem foi confundido com um colega de trabalho que usava o ponto de ônibus, da mesma rota, a 800 metros do local do crime. O uniforme da empresa foi uma característica considerada pelo atirador.
De acordo com a denúncia, os réus teriam sido contratados pelo chefe de uma organização criminosa atuante na região. No entanto, o mandante seria o irmão da vítima pretendida. A motivação seria o fato de o homem ter abusado sexualmente da filha do mandante, quando ela tinha nove anos de idade. Recentemente, ele teria sido inocentado do caso. O mandante do crime teria comprado a arma utilizada, da organização criminosa, e prometeu doar para a facção após a execução. O processo tramita sob segredo de justiça.
