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Disputa pelo segundo turno no Estado terá Bolsonaro como mais importante cabo eleitoral

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

É o que apontam as recentes pesquisas

COLUNA DE DOMINGO Não está claro se haverá segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro na disputa pela presidência da República, mas uma coisa é certa: se as pesquisas se confirmarem, Santa Catarina terá segundo turno e Bolsonaro será o grande cabo eleitoral. Tudo leva a crer que o aparente favoritismo de Carlos Moisés (Republicanos) foi superado pela persistência de Jorginho Mello (PL). Foram feitas apenas quatro pesquisas relativamente confiáveis ao longo desse processo eleitoral em Santa Catarina, mas todas apontam um cenário mais ou menos coerente. Se o que elas apontam se confirmar, o segundo turno pode ser dado com certo.

Analistas apontam que esta é uma eleição de competitividade inédita desde a redemocratização em Santa Catarina. Há dois líderes e ao menos três embolados na sequência.

Falando da mais recente, em relação à primeira pesquisa Ipec, divulgada em 23 de agosto, o atual governador Moisés caiu três pontos percentuais, de 23% para 20% – a variação está dentro da margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos. Já Mello subiu de 16% para 20%. O efeito Bolsonaro fez a diferença. Em 2018, Bolsonaro mandou votar em Moisés e 71% do eleitorado obedeceram piamente. Agora, a atual porcentagem de Mello na pesquisa mostra que Bolsonaro já não é mais tão forte, mas ainda dá as cartas em Santa Catarina. A alavancada da campanha de Mello se dá ao mesmo tempo em que o presidente desce do muro e pede votos ao senador liberal abertamente. Bolsonaro vivia uma sinuca de bico porque Esperidião Amin (Progressistas) e Gean Loureiro (UB) se colocavam como “candidatos do Bolsonaro” em Santa Catarina.

Não à-toa, em terceiro lugar, atrás de Moisés e Jorginho, aparece Esperidião Amin, que se manteve com 15% das intenções de voto no novo levantamento. Ele é seguido por Gean Loureiro (União Brasil), que continuou na quarta colocação, a mesma da primeira pesquisa, mas cresceu nas intenções de voto, passando de 8% para 14%. Apesar de Moisés e Jorginho estarem numericamente à frente, considerando a margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais para mais ou para menos, Amin e Gean também estão tecnicamente empatados com Moisés e Jorginho. É um cenário que torna a eleição imprevisível, mas com a certeza de que vai ter segundo turno.

A uma semana das eleições, o quadro pouco deve mudar. Se o segundo turno é uma nova eleição e nela estará Moisés, será uma disputa árdua entre um governo neófito que sua para provar competência e um bolsonarista que só precisa de um discurso do presidente para crescer junto ao eleitorado.