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De olho em 2022, Moisés tenta agradar a gregos e troianos

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Sinalização aos policiais gerou atrito entre civis e militares

ÁRDUA TAREFA

COLUNA DE DOMINGO O governador Carlos Moisés (PSL) errou a mão ao tentar agradar a gregos e troianos anunciando reajuste salarial aos policiais civis e militares. É histórica a trincheira que existe entre as duas classes e o fato de os militares estarem em uma condição melhor no plano de cargos e salários foi o suficiente para reascender a mágoa dos civis que, consequentemente, entregaram coletes, armas e algemas e se negam a ir às ruas desde quinta-feira passada. A revolta ainda vai ter vários desdobramentos.

Moisés parece ter pegado gosto pela política, especialmente depois de ter passado por dois processos de impeachment, e mira em 2022 quando, ao que parece, pretende disputar a reeleição.

Surpreendeu ao anunciar piso de R$ 5 mil aos professores do Estado que trabalham 40 horas semanais e, logo atiçou os policiais e os profissionais de Saúde, todos na fila por aumento ou reposição.

Detalhe que Moisés não pode conceder aumentos por causa de uma lei federal em vigor até o fim da pandemia. Estuda uma nova legislação para definir o piso no caso da Educação. Como fará no caso dos policiais é um mistério. No caso da Saúde a própria legislação da pandemia afrouxa os gastos.

Por trás de toda essa bondade está o desejo de se popularizar na poderosa classe dos servidores públicos de olho em 2022. A vantagem de Moisés está no fato de ter pouco investido em obras (veja nossa região, por exemplo), o que lhe garantiu um caixa robusto para enfrentar todas as demandas salariais a fim de agradar esse importante eleitorado.