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abril

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Canoinhense chega à eleição de campanha morna e ataques polarizados

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Disputa se concentrou entre Juliana Maciel Hoppe e Paulo Basilio

O DIA D

COLUNA DE DOMINGO O canoinhense chega ao dia da eleição municipal neste domingo, 6, sem muita orientação para decidir seu voto. Começa pelo fato de a campanha ter sido extremamente morna. Há duas semanas escrevi aqui que a campanha estava morna e tendia a esquentar desde então. Pode até ser que a temperatura subiu, mas mais por conta dos debates feitos pela Rádio Clube e pelo JMais do que por esforço dos próprios candidatos. Aliás, quem viu os debates indeciso, provavelmente continuou indeciso. Não houve discussão sobre ideias, embate sobre propostas e muito menos uma explicação plausível para como os cinco vão melhorar tanta coisa com um orçamento tão apertado como é o da prefeitura de Canoinhas.

Poderia sugerir ao eleitor indeciso que tome por base os planos de governo dos candidatos (leia aqui), uma obrigatoriedade exigida pela Justiça Eleitoral que eles pouco abordaram na campanha, basicamente calcada em vídeos filtrados no Instagram onde a alegria, eleitores entusiastas e propostas superficiais imperam. Via de regra nem os candidatos conhecem muito bem seus planos de governo, feitos por advogados cuja regra básica é não esquecer nenhum setor da sociedade. Se será possível contemplar todos se eleitos, é assunto para depois.

Juliana Maciel Hoppe (PL) e Paulo Basilio (MDB) polarizam a disputa, ao ponto de os debates demonstrarem uma suspeita bastante forte de que os outros três estivessem dando disfarçado apoio a um ou outro. Tanto que o grosso das ações judiciais, que devem atravessar a eleição, partiram de um contra o outro. O MDB de Basilio, especialmente, bombardeou a campanha de Juliana com uma ação atrás da outra. Mas a bala de prata que tanto prometiam não veio e o estrago que causaram na campanha da adversária com a ainda obscura questão do pediatra da UPA e o suposto uso de igreja para campanha foi pequeno. A impressão que fica é de que Juliana continua com uma taxa alta de rejeição ao passo que lidera a disputa, mas os que a rejeitam tendem a pulverizar seus votos entre Basilio e os outros três candidatos, a despeito de qualquer dobradinha oculta. Mas vamos ver se os baixíssimos índices de intenção de voto de Durau, Andrey Watzko (PT) e Samuel Lubke (PRTB) apontadas nas contraditórias quatro pesquisas registradas vão de fato se efetivar.




MÁQUINA

Desde que a reeleição foi inventada, candidatos a um segundo mandato consecutivo usam da máquina pública e de seus feitos para vencer eleições. O MDB, que ingressou com ação contra Juliana justamente a acusando de uso da máquina pública, é especialista nisso, passo seguido por Beto Passos e agora, repetido por Juliana. Nem culpo os candidatos, mas a legislação, que não permite que uma placa de campanha passe de 2 metros, mas permite que um prefeito continue no cargo em plena campanha.

Dito isso, tem poucas chances de prosperar a denúncia feita pelo MDB contra Juliana na sexta, 4. O mais grave é o suposto uso de duas servidoras da assessoria de imprensa em campanha. Contudo, se elas provarem que se afastaram do trabalho na prefeitura para se dedicar a campanha, não há o que questionar. Sobre a metamorfose das cores do Município para a campanha de Juliana, haja contorcionismo jurídico para provar o que ninguém além do MDB notou.





E NESTE ANO?

Em 2012, uma rádio de Canoinhas tirou do ar a cobertura da apuração quando percebeu que seu candidato perderia a eleição. Em 2016 ficou fora do ar no dia da eleição por determinação judicial porque ocultou propaganda do candidato adversário ao seu. Em 2020, a cobertura foi festiva, afinal, seu candidato venceu (tudo bem que foi preso dois anos depois por corrupção). E neste ano, será que a cobertura vai parar se o ungido da vez perder?








NEGADO

O juiz eleitoral Eduardo Veiga Vidal negou pedido feito pela campanha de Juliana para direito de resposta em relação a uma afirmação feita por Paulo Basilio em seu propaganda de rádio. Em síntese, Juliana alega que Basilio fez afirmação sabidamente inverídica em seu desfavor, em propaganda de rádio, ao dizer que ela perdeu o prazo para a regularização fundiária da Vila Militar.

“Registro que a representante teve garantido o acesso à propaganda eleitoral, pelos horários definidos, e se entendia necessário responder às afirmações feitas pelo oponente, poderia ter se valido do tempo que lhe foi concedido”, argumentou o juiz. 



NÃO PODE

Na coletiva concedida à imprensa, o dr Eduardo Veiga Vidal, juiz eleitoral da comarca, frisou que cabos eleitorais que arrancarem boletins de urna das portas das seções eleitorais neste domingo podem ser conduzidos para o Fórum e podem ser fichados por obstruir a divulgação.






E-TÍTULO

Uma boa notícia a quem pretende justificar o voto nestas eleições. Não precisa ir até uma seção eleitoral. Basta baixar o aplicativo E-Título (baixe aqui) e justificar pelo próprio app. Mas atenção, a partir da zero hora deste domingo o app fica indisponível. Então, baixe já!







POLARIZAÇÃO

Lula e Jair Bolsonaro/Arquivo

Partidos que protagonizam a política nacional, com a rivalidade entre o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, PT e PL estão presentes com candidatos em 58 das 295 cidades de Santa Catarina. O número equivale a aproximadamente um em cada cinco municípios catarinenses.

Em cinco dessas cidades, os candidatos de PT e PL têm uma espécie de confronto direto: as cidades têm apenas dois candidatos. Esse é o caso de Campo Erê, Guarujá do Sul, Papanduva, Saltinho e São Miguel da Boa Vista.

Nas outras 53 cidades, os candidatos de PT e PL têm concorrência de adversários de outras legendas. Em 27 cidades, há mais um adversário na disputa. Em 12 municípios, são mais dois rivais além dos concorrentes petistas e bolsonaristas. As outras 14 cidades têm três ou mais adversários dos postulantes de PT e PL. O levantamento foi feito pela NSC.