Entrevista de Beto Faria dá indícios do que esperar
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COLUNA DE DOMINGO As últimas aparições da prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) dão o tom do que esperar da sua estratégia de campanha buscando a reeleição. Sua receita tem de tudo um pouco: desde propostas de obras, passando pelas pautas bolsonaristas até estocadas no governo destituído do PSD, aliado de turno do MDB.
A entrevista de Beto Faria (MDB) à coluna na semana passada dá o tom do que esperar do ex-prefeito. É do perfil de Faria, e ao que tudo indica nada mudou, ser pacifista. “Não existe frentão contra a prefeita”, deixou claro. A ideia de Faria é fazer uma campanha propositiva, emulando um passado supostamente bem avaliado, visando usar essas credenciais dos governos do MDB – Leoberto e ele – para tentar voltar ao comando do Município.
Na outra ponta, vimos nesta semana uma fala bastante agressiva do presidente municipal do PT, Fenando Camargo, na tribuna da Câmara de Vereadores. A despeito da legitimidade do discurso de Camargo, muito coerente com as bandeiras do PT, é possível ver ali uma intenção de chamar a atenção visando colher frutos em outubro. Se Andrey Watzko não for candidato a prefeito, fala-se que Camargo seria o nome. O destempero calculado da sessão da Câmara de Vereadores na terça-feira revela isso.
O PT tem conversado com a turma do MDB, mas os pés-vermelhos temem mais perderem do que ganharem com esse apoio, muito embora, as verbas federais que o partido pode trazer para Canoinhas seduzam qualquer um. Juliana não é opção para o PT e vice-versa. A prefeita declarou amor incondicional a Jair Bolsonaro (PL), odiado pela esquerda. É esse cenário que, acredito, faz parir o candidato do PT, tornando essa eleição, provavelmente, uma disputa de três.