Jorginho adotou um tom muito mais focado em si mesmo
Nesta segunda-feira, 15, chegamos à metade do mês de maio e uma questão começa a ser bastante pertinente dentro da política de Santa Catarina. Qual é a intenção do governador Jorginho Mello até o momento?
Já se passaram mais de 100 dias e até o momento não se percebe nenhuma grande movimentação política vindo da Casa D’Agronômica. Nas primeiras semanas, é claro, o novo governo fez uma revista geral, um pente fino em todas as obras derivadas do antigo governo.
Com isso criou-se aquela impressão de que Jorginho estaria fazendo muitas coisas e de que Moisés teria sido um governador com inúmeros problemas. Não que o ex-governo tenha sido um exemplo, mas Moisés, principalmente depois dos dois processos de impeachment, passou a adotar um projeto muito mais visionário e municipalista.
Jorginho foi amplamente votado em todo o Estado, tudo isso deveria fazer com que o governador observasse melhor Santa Catarina como um todo. Porém, não é isso que vem acontecendo. Jorginho adotou um tom muito mais focado em si mesmo, do que ex-ocupantes do cargo.
Quando saiu da Casa D’Agronômica, até o momento, Jorginho pipocou apenas em algumas cidades da região sul: Vale do Itajaí, Joinville e no seu território mãe, Joaçaba e Herval d’Oeste.
Porém, Santa Catarina é muito maior e mais desenvolvida do que apenas essas regiões. Atualmente, falta ao governador olhar principalmente para as rodovias estaduais de todas as regiões.
O desenvolvimento não pode parar em nenhum momento e para que ele ocorra de forma certeira, as rodovias atualmente são a peça chave para isso. Porém, como é que o desenvolvimento da capital da maçã, Fraiburgo, chegará até o porto de Itajaí, com o atual estado da SC-452? A situação se repete na SC-135 entre Porto União e Matos Costa e em outras tantas rodovias estaduais em todo o Estado.
É preciso fazer uns parênteses para dizer que a pasta da Saúde atualmente é a única dentre todas, que está tendo destaque pelos trabalhos realizados, principalmente, no que diz respeito ao término da fila de cirurgias eletivas.
Quando se é observado todo o resto do contexto da política catarinense ela vem se mostrando cada vez mais sendo algo supérfluo e desnecessário a todos. A questão que fica é como pode-se mudar isso? A resposta é básica: com uma Assembleia Legislativa fortalecida e independente e uma oposição existente.
Atualmente não existem nenhuma das duas alternativas e isso reflete em muito a forma como os eleitores catarinenses tratam a atual política do Estado, ou seja, como algo trivial.
