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Bolsonaro mantém influência nos votos em Santa Catarina

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Presidente foi grande vitorioso no Estado neste primeiro turno

BOLSONARO E SC

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez menos votos que seu adversário no segundo turno, Lula (PT), em todo o Brasil, mas se olhar para o Estado mais bolsonarista do Brasil, Santa Catarina, ele foi o grande vitorioso no Estado.

Além de somar 62% do total de votos, menos que os 65% da eleição passada, ressalte-se, ele elegeu seu candidato ao Senado com folga, um até então pouco conhecido Jorge Seif Jr (PL), e colocou Jorginho Mello (PL) no segundo turno com uma boa folga de votos. Elegeu, ainda, as duas deputadas (federal e estadual) mais votadas no Estado, com larga vantagem em relação ao segundo colocado – Caroline de Toni (federal) e Ana Paula Campagnolo (estadual). É um feito e tanto.

Um dos grandes questionamentos dos jornalistas e analistas políticos era justamente como se daria a influência do bolsonarismo nesta eleição. A resposta parece clara: Não com a imensa intensidade de 2018, mas com grande influência, Jair Bolsonaro é o grande eleitor em Santa Catarina, não à-toa, Jorginho teve de disputar quase que no tapa com Gean Loureiro (União) e Esperidião Amin (PP) o título de “candidato de Bolsonaro” em Santa Catarina. O apoio do presidente foi decisivo, especialmente para Seif que, apesar de nunca ter pisado em Canoinhas foi o mais votado por aqui. Bolsonaro mandou, vota-se cegamente, mesmo que seja para se decepcionar como foi o caso de muitos bolsonaristas com Moisés.



FALHA NOSSA

A derrota de Moisés não é fruto do bolsonarismo somente, mas de sua própria prepotência e arrogância. Ficou dois anos trancado na masmorra da Casa d’Agronômica, se achando uma espécie de iminência parda. Quando olhou para a plebe descobriu uma Assembleia revolta. Tarde demais para consertar, foi impitimado. Pra voltar teve de beijar a mão de figurões da política e vender a alma para quem manda na Alesc. Tudo isso sob o olhar atento do eleitor. Mas nada contribuiu mais para sua derrota do que a compra dos respiradores chineses que sequer existiam ao peso de R$ 33 milhões. Não adiantou dizer que de nada sabia, muito menos que parte do dinheiro foi resgatada.




O MAIS DURO…

Para Moisés engolir é o fato de que ele fica sem mandato, mas sua vice, Daniela Reinehr, que pulou do barco antes, foi eleita deputada federal na aba de Bolsonaro.





O MAIOR DERROTADO

O MDB é o maior derrotado destas eleições em Santa Catarina. Sem candidato a governador apostou em Moisés, que se fez de noiva difícil, inclusive, dispensando Antidio Lunelli, eleito com a terceira maior votação à Assembleia, preferindo o ex-prefeito de Joinville, Udo Dohler na vice. Perderam todos, menos Lunelli, que está no MDB tentando engolir a grande mágoa que sente do partido. O MDB vai lamber as feridas por muito tempo, se torturando: afinal, se Lunelli fosse candidato a governador, como ele queria, teria melhor sorte que Moisés?





RENOVAÇÃO

Sessão da Alesc em julho de 2021

As eleições deste domingo, 2, determinaram uma renovação de 40% nas cadeiras da Assembleia Legislativa para a próxima legislatura. Dos atuais 40 deputados, 24 foram reeleitos para continuar no Palácio Barriga Verde.

No dia 1º de fevereiro de 2023, 16 novos parlamentares assumem cadeiras no parlamento estadual para um mandato de quatro anos.



MAIOR BANCADA

A apuração indicou o PL como o partido que terá a maior bancada da Assembleia Legislativa a partir de 2023. A sigla, que atualmente tem sete cadeiras, elegeu 11 parlamentares

A segunda maior representação será do MDB. O partido que, na atual legislatura tem nove deputados, agora terá seis cadeiras no legislativo estadual.

O PT será a sigla com a terceira maior representação, com quatro deputados. Mesmo número de cadeiras que detém atualmente.





DERROTA PARA O PLANALTO NORTE

A votação dos candidatos a deputado federal e estadual da comarca mostra que precisamos trabalhar muito a consciência pelo voto regional como forma de melhorarmos e desenvolvermos a região. Conseguimos piorar a votação de 2018. Candidatos que nunca pisaram em Canoinhas como Ana Paula Campagnolo (PL) cravaram, no caso dela, mais de 800 votos em Canoinhas. Um absurdo considerando que Ana não destinou um real de suas emendas para a cidade.