O emedebista estuda ir na vice
DILEMA
O ex-prefeito de Canoinhas, Beto Faria (MDB), vive um dilema para levar adiante sua candidatura a prefeito. Ocorre que ele está em vias de se aposentar como servidor público do Estado, como a coluna já adiantou na semana passada. Faria é professor efetivo do Cedup Vidal Ramos.
A princípio Faria já estaria prestes a se aposentar se os quatro anos em que foi prefeito – 2012/2016 – não fossem descartados para o cálculo. Ele tem recorrido, pedindo que este período seja considerado. Se isso ocorrer, a campanha segue sem sobressaltos. Ocorre que esta possibilidade é não mais que uma possibilidade, embora haja jurisprudência.
Como plano B, ele seria vice em chapa ainda a ser definida (nunca com Juliana Maciel, dizem os emedebistas raiz). Segundo membros do MDB, existe jurisprudência que permite que o vice mantenha atividade profissional, ou seja, não tem dedicação exclusiva ao cargo. Dessa forma, Faria cumpriria os seis anos que lhe restariam para se aposentar. “Sem uma resposta clara, Beto Faria continua pré-candidato a prefeito”, garante um dos membros do diretório do MDB canoinhense.
Na hipótese de Faria ir na vice, o partido não deve apoiar um candidato do PSD, seu parceiro de primeira hora, muito menos do Republicanos de Célio Galeski, que sonha em ser candidato pela chapa. A ideia é de chapa pura, com Paulinho Basilio ou Wilson Pereira. A ver. O partido marcou convenção para 3 de agosto, às 15h15.
SEM CHANCE
Jorge Goeten, presidente estadual do Republicanos, disse nesta semana que o partido não ficará contra o PL em cidades catarinenses com mais de 30 mil habitantes. Faltou combinar com Célio Galeski, presidente do diretório republicano em Canoinhas, que abomina a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) e já declarou intenção de se unir ao MDB.
SÃO BENTO DO SUL

Aconteceu nesta segunda-feira, 22, a convenção conjunta dos partidos PL, União Brasil e PSD, em São Bento do Sul, na qual foi confirmada a reedição da chapa majoritária vencedora das eleições de 2020. Antônio Tomazini e Doutor Tirso irão às urnas em outubro para buscar a reeleição e seguir com o projeto de aceleração do município que vem sendo efetivado na presente gestão.
AFASTADO
Uma operação nesta terça-feira, 23, afastou do cargo um prefeito de Santa Catarina. Os trabalhos da Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR/DEIC), da Polícia Civil, fazem parte da segunda fase da operação Maktub, que já havia cumprido mandados em fevereiro deste ano. Desta vez, o alvo é a licitação para a construção de uma rua coberta na cidade de Praia Grande, no Extremo Sul do Estado. O município é conhecido pelos voos de balão na região dos cânions da divisa com o Rio Grande do Sul. Um empresário foi preso na operação, assim como um servidor concursado foi afastado do cargo. O prefeito afastado é Elisandro Pereira Machado, o Fanica (Progressistas).
AUTISMO

O projeto de lei 145/2024, de autoria do deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB – foto), que institui o selo “Pessoa com Autismo a Bordo”, está agora na Casa Civil do Governo do Estado, aguardando a sanção do governador. A proposta foi aprovada pelo Plenário da Alesc na última semana e, se sancionada, se tornará lei estadual.
MAIS MÉDICOS
O deputado Neodi Saretta (PT) comemorou o expressivo aumento de 206,67% de profissionais do Programa Mais Médicos em atividade em Santa Catarina, o maior aumento percentual de todo o país neste um ano e meio do governo Lula. Em 18 meses – janeiro de 2023 a junho de 2024 -, o salto foi de 270 para 828 (558 a mais). A capital do estado, Florianópolis, saiu de nove para 37 profissionais, ampliação de 311%.
Do total de médicos e médicas ativos em Santa Catarina pelo programa, 687 são brasileiros. Na divisão por gênero, existem 487 mulheres (58,8% do total). Na divisão por faixa etária, são 182 entre 25 e 29 anos, 200 entre 30 e 34 e 198 entre 35 e 39 anos, as três faixas mais predominantes.
INDIGNADOS
Os deputados Fabiano da Luz e Luciane Carminatti (ambos do PT) criticaram o governo por não aceitar a proposta do Ministério dos Transportes de devolver o dinheiro aplicado pelo Estado em obras federais, para ser investido em rodovias. Foram R$ 465 milhões investidos pelo então governo de Carlos Moisés, recursos do orçamento direcionados para obras nas BRs 163, 470, 280 e 285 em SC.
A deputada Luciane disse que é inacreditável imaginar que um gestor público é contra receber dinheiro público para fazer obras. “Ou está sobrando dinheiro, ou SC não precisa de obras”.
Segundo ela, o Ministério dos Transportes propôs ao governo do Estado que apresentasse projetos para as rodovias que ele quisesse, federais ou estaduais, para fazer a devolução do dinheiro.