Não é a primeira vez que Luiz Alberto Benso consegue prisão domiciliar
Desde o mês de outubro, o empresário do ramo agrícola Luiz Alberto Benso está em prisão domiciliar. Ele foi preso em 2022 acusado de ser um dos mandantes do assassinato do ex-secretário de Obras de Major Vieira, Sérgio Lezan, um dos crimes mais rumorosos da história da cidade.
Em março do ano passado ele já tinha conseguido o direito a prisão domiciliar para tratamento de saúde, mas voltou para a cadeia em junho do mesmo ano. Inconformado com a decisão do juiz que está à frente do caso, Dr Eduardo Veiga Vidal, o Ministério Público (MP) havia recorrido ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que atendeu ao pedido do MP e determinou a prisão imediata de Benso, que se entregou espontaneamente no Fórum da comarca e foi encaminhado ao Presídio Regional de Canoinhas.
A defesa de Benso havia usado o fato de o cliente sofrer de um problema de saúde para convencer o juiz a promover a liberação. A doença exigiria troca diária de curativos e ainda haveria a necessidade de Benso passar por uma cirurgia.
Em audiência nesta segunda-feira, 2, o juiz criminal que concedeu o direito a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica mais uma vez a Benso alertou que “o réu foi cientificado de que sua prisão foi substituída por prisão domiciliar e de que está autorizado a se ausentar da residência apenas para tratamento médico (o qual deverá ser posteriormente comprovado nos autos). Ainda, foi advertido do dever de observar as determinações lançadas na decisão e de que eventual descumprimento pode implicar na revogação do benefício”.
Benso disse na audiência que entendia, até o momento, que estava em liberdade, o que foi esclarecido pelo juiz, que o liberou tão-somente para tratamento de saúde. O réu informou que cumprirá integralmente as determinações constantes na decisão anteriormente proferida.
RECURSOS
A defesa de Benso, feita por um dos mais conhecidos advogados criminalistas do País, Claudio Daledone Junior, tem apresentado sucessivos recursos ao processo, o que tem postergado a realização do tribunal do júri. O último recurso, sem data para ser julgado, foi apresentado ao Superior Tribunal de Justiça.
Os outros seis acusados da morte de Lezan seguem presos em regime fechado.