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A busca pelos votos úteis em Santa Catarina

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Esse movimento começou a ser observado depois da divulgação das últimas pesquisas eleitorais

Faltam poucos dias para que os brasileiros aptos a votar compareçam às urnas em todo o País para escolher aqueles que irão representá-los pelos próximos quatro anos. A corrida eleitoral, é claro, agora tende a afunilar-se, os candidatos farão de tudo para conseguir a maior quantidade de votos.

Porém, no meio de tudo isso uma discussão começou a ser ventilada com um maior fervor nos últimos dias tanto aqui em Santa Catarina na disputa pela Casa D’Agronômica, quanto na corrida presidencial pelo Palácio do Planalto. O voto útil.

Esse movimento começou a ser observado depois da divulgação das últimas pesquisas eleitorais. A nível nacional, institutos como IPEC e DataFolha já cravam que com os votos úteis, Luís Inácio Lula da Silva, 20 anos depois, poderá voltar a ser eleito presidente da República, agora em uma disputa de primeiro turno.

Esse fato está fazendo com que políticos e personalidades, como a candidata a deputada estadual por São Paulo, Tabatá Amaral (PSB), antes eleitora de Ciro Gomes (PDT), declarem publicamente seu voto útil já em primeiro turno ao candidato petista. O movimento observado pode fazer com que o governo de Jair Bolsonaro seja encerrado de vez de forma antecipada.

Porém, vamos nos ater a observar nessa coluna a situação pelo voto útil aqui em Santa Catarina. Na noite de terça-feira a NSC Comunicação divulgou a pesquisa realizada pelo Ipec para o cargo de governador catarinense.

De acordo com os dados divulgados pela pesquisa, Carlos Moisés (Republicanos) e Jorginho Mello (PL) estão empatados com 20% dos votos. No levantamento anterior Moisés estava com 23% e Mello 16%. Porém, a situação mostrou-se completamente embolada, pois além do empate entre o ex-candidato bolsonarista e atual bolsonarista de carteirinha, observou-se aumento expressivo de outros dois candidatos.

No último levantamento Gean Loureiro (União Brasil) aparece com 14%, sendo que tinha 8% na anterior. Já o petista Décio Lima, foi de 6% para 10% das intenções de votos. O ex-governador e senador Esperidião Amim (PP) ficou estabilizado na casa dos 15%.

Aqui começou-se a observar uma maior definição também da escolha efetiva dos eleitores, afinal votos brancos e nulos caíram de 10% para 6%, já os que não sabiam foi de 17% para 10% dos eleitores catarinenses.

A situação do atual mandatário do Estado encontra-se crítica, inclusive quando se observa as disputas de segundo turno. No confronto direto com Jorginho Mello, Moisés perde de 42% a 36%, já na disputa contra Amim, os dois encontram-se empatados tecnicamente, com 39% e 38%, respectivamente.

Para Carlos Moisés, que entrou meio que de “gaiato” na disputa eleitoral de 2018, resta agora começar uma operação nesses últimos dias de campanha para sair do primeiro turno um pouco mais aliviado. Ele precisa utilizar dos votos úteis para terminar o domingo que vem na frente. A gente sabe que a disputa em Santa Catarina será decidida somente em um segundo turno, isso já está bem claro.

A questão mais pertinente é que o Estado é amplamente bolsonarista e Moisés, que pulou para fora do barco há algum tempo, está em uma disputa com três candidatos amplamente defensores dos pensamentos e ideais do presidente Jair Bolsonaro, e que em um segundo turno deverão unir-se.

Dependendo do resultado obtido nas urnas no próximo domingo restará ao candidato a reeleição buscar alianças até então improváveis. A porcentagem de eleitores petistas poderá, a depender da porcentagem de votos de Moisés, ser a sua tábua de salvação no segundo turno ao candidato que um dia já posou ao lado de Bolsonaro.

Se um trabalho em busca desses votos úteis (Décio Lima, indecisos e brancos) não ser realizado de uma forma forte e coerente pela campanha republicana, Santa Catarina corre uma grande possibilidade de passar os próximos quatro anos sendo governada por um político bolsonarista raiz.

A depender do resultado a nível federal, um governo assim na chefia da Casa D’Agronômica, poderá complicar a situação do Estado nos próximos anos. A ver as cenas dos próximos capítulos.