Mandado de prisão preventiva foi cumprido na manhã desta quarta-feira, 2
A Polícia Civil de Três Barras cumpriu na manhã desta quarta-feira, 2, mandado de prisão contra o rapaz acusado de provocar a morte da professora Marli Lother e atropelar outras três pessoas na noite de 19 de março, no centro de Três Barras. Ele fugiu em seguida sem prestar socorro. Vídeos revelados pelo JMais mostram a professora sendo atingida por um veículo Kadett na avenida Abrahão Mussi. O motorista, em alta velocidade, prende o corpo de Marli, que estava em uma bicicleta, arrasta a professora e solta metros adiante. O corpo da professora rola no asfalto e ela morre pouco depois. O motorista segue em alta velocidade.
Outro vídeo, também revelado pelo JMais, mostra o Kadett batendo em outra ciclista, em uma rua lateral à Abrahão Mussi. A ciclista chega a ter o corpo projetado para o alto e cai no acostamento da rua, onde ela estava pedalando. Um homem que tenta socorrer a ciclista também é quase atropelado pelo motorista que retorna ao local e segue em alta velocidade.
Relatos de outras duas meninas, que moram no abrigo Aprisco, também foram atropeladas e sofreram ferimentos leves.
A Polícia Militar foi acionada e localizou o suspeito em casa, depois que uma testemunha entregou sua identidade. Ele foi preso sem oferecer reação. No dia seguinte, o rapaz passou por audiência de custódia em uma Vara Especial de Mafra e foi solto por falta de provas. O suspeito foi solto no mesmo momento em que o corpo de Marli era velado.
A situação provocou indignação em Três Barras e região. Somente depois que o JMais revelou os vídeos que provam que o motorista cometeu os crimes e fugiu, a Polícia Civil encaminhou ofício ao portal pedindo o compartilhamento das provas. Dessa forma, o Ministério Público, que havia requerido a abertura de inquérito por parte da Polícia Civil, ofereceu denúncia ao juiz da Vara Criminal de Canoinhas, que determinou a prisão nesta terça-feira. O suspeito está preso preventivamente e pode ser solto a qualquer momento. Agora, a Polícia Civil deve concluir o inquérito e o Ministério Público, em tese, deve oferecer denúncia contra ele ao juiz que, se aceitar a denúncia, irá torná-lo réu e ele passa a ser formalmente acusado dos crimes. Como se trata de um crime contra a vida, teoricamente, ele deve ir a júri popular.