Direção do Samasa diz que empresa responsável foi notificada
Vídeos e comunicados que circulam em grupos de WhatsApp desde a noite desta segunda-feira, 31, apontam que o Serviço Autônomo Municipal de Água e Saneamento Ambiental (Samasa) de Três Barras teve de antecipar um desligamento programado do fornecimento de água no bairro Km 6 por conta do rompimento de uma adutora.
Por conta da situação, o abastecimento de água no Km 6 ficou comprometido de maneira imprevista pelo Samasa, que já tinha programação para desligamento e religamento do serviço. No entanto, de acordo com um comunicado do Samasa que circula no WhatsApp, o rompimento da adutora foi causado pela empresa que realiza obras em frente ao posto Tupã.
Ainda de acordo com as informações repassadas pelo Samasa, o serviço vem tentando minimizar o problema de abastecimento no Km 6 e bairros próximos com um caminhão-pipa. Também segundo as informações que circulam nas redes, o jurídico do órgão três-barrense já foi acionado para responsabilizar a empresa pelo ocorrido, pois, segundo o Samasa, responsáveis pela tal obra que teria ocasionado o rompimento da adutora sabiam que havia a possibilidade de danificarem o equipamento.
A reportagem do JMais entrou em contato com o Samasa para entender qual seria a situação e quais serão as medidas tomadas por enquanto, além de saber qual será a previsão para o serviço voltar ao fornecimento normal no Km 6 e outras áreas de Três Barras, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta do órgão.
UNIFICAÇÃO
Ainda que o atual problema no fornecimento não seja necessariamente causado pelo Samasa, de acordo com alegações do próprio serviço, a questão que envolve falta d’água em Três Barras já é recorrente há anos.
Ainda em fevereiro de 2024, a prefeita de Três Barras, Ana Cláudia Quege, publicou em suas redes sociais um vídeo se posicionando sobre as reclamações constantes de moradores sobre falta de fornecimento de água no distrito São Cristóvão.
Conforme comentários da prefeita no vídeo, ela se mostra “solidária” com a população e compreende as reclamações de moradores do distrito que, segundo ela, é uma “importante região do município”.
Atualmente, o órgão que administra as faturas de água no município é o Serviço Autônomo Municipal de Água e Saneamento Ambiental de Três Barras (Samasa), no entanto, a autarquia terceiriza o serviço de fornecimento de água no distrito do São Cristóvão para a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
Somente nos dois primeiros meses de 2024, foram três comunicados oficiais do Samasa dirigidos à população, sobre abastecimento de água reduzido no distrito do São Cristóvão. Nas três ocasiões, a redução no abastecimento foi atribuída a manutenções realizadas pelas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Ainda assim, outras situações de problemas com o fornecimento de água foram motivo de reclamações da população três-barrense.
Em fevereiro de 2025, vereadores de Três Barras aprovaram que o Executivo solicitasse um empréstimo milionário do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no valor de R$ 94 milhões. Trata-se da maior operação de crédito de que se tem notícia já contratada pelo Município.
A operação de crédito contratada, conforme o que consta no projeto de lei, será realizada em 240 parcelas, e foi possível devido ao fato de Três Barras ter sido contemplada pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do Governo Federal, que busca desenvolver as cidades com recursos de financiamento a juros baixos, com contrapartida dos Municípios.
No que diz respeito à proposta para unificação do abastecimento de água em todas as regiões do Município, o valor destinado do montante de R$ 94 milhões, é de aproximadamente R$ 19,4 milhões, com contrapartida do Município de cerca de R$ 970 mil.
Conforme as informações presentes na proposta enviada pelo Executivo de Três Barras ao Governo Federal, com este projeto seriam 5.458 famílias beneficiadas, sendo 2.542 famílias de baixa renda.