Conquista do título inédito ocorreu após vitória nos pênaltis
O time feminino do São Paulo, carinhosamente chamado de Soberanas, celebrou uma vitória épica na Supercopa Feminina, ao superar o tricampeão Corinthians nos pênaltis, por 4 a 3, após um emocionante empate sem gols no tempo normal. O palco dessa batalha foi o icônico Estádio do Morumbi, na capital paulista. Essa conquista marca um momento histórico, sendo o primeiro título oficial das Soberanas desde a reativação da modalidade na primeira divisão, há 10 anos.
A partida começou intensa, mas as chances claras de gol foram raras. Logo aos sete minutos, Yaya tentou surpreender com um chute de fora da área, mas a goleira Carlinha fez uma defesa segura. Quatro minutos depois, Giovanna Crivelari partiu em um contra-ataque, mas seu chute foi fraco e Lelê, a arqueira do Corinthians, estava atenta. Gabi Zanotti também teve sua chance com um chute dentro da área, mas Carlinha novamente se destacou.
Com o apito do árbitro para o segundo tempo, o São Paulo tomou as rédeas do jogo, pressionando as adversárias desde os primeiros minutos. Logo no início, Dudinha sofreu uma falta dentro da área, e após uma revisão do VAR, a árbitra Thaylsane de Melo Costa marcou pênalti para as Soberanas. No entanto, a oportunidade foi desperdiçada por Camilinha, que viu Lelê defender seu chute.
O jogo continuou a todo vapor, com Ariel do Corinthians tentando explorar a defesa tricolor, mas Carlinha continuava firme, realizando defesas cruciais. O São Paulo, com jogadas rápidas, parecia ter o controle da partida, mas a rede não balançou. Nos acréscimos, Karla Alves quase fez história com um golaço de fora da área, mas a arbitragem assinalou impedimento, e o jogo terminou sem gols.
A disputa nos pênaltis começou com Gabi Zanotti colocando o Corinthians à frente, seguida por Carla Alves, que empatou para o São Paulo. Na segunda cobrança, Vic Albuquerque não acertou o alvo, mas Cacá fez o seu e deixou as Soberanas na frente: 2 a 1.
As emoções continuaram a subir, com Andressa Alves convertendo para o Corinthians e Aline Milene, capitã do São Paulo, chutando na trave. O placar estava empatado em 2 a 2. Na quarta rodada de cobranças, Mariza fez o seu para as Brabas, enquanto Bruna Calderan também não falhou para as Soberanas.
Finalmente, na quinta e decisiva cobrança, Robredo chutou para fora, e coube a Robinha, com toda a responsabilidade, converter o pênalti decisivo, selando a vitória e a conquista da Supercopa.
Com essa conquista inusitada, o São Paulo inicia a temporada 2025 do futebol feminino no Brasil com o pé direito. Além do troféu, a equipe, sob o comando do técnico Thiago Viana, receberá uma premiação de R$ 700 mil da CBF, enquanto o Corinthians, vice-campeão, levará R$ 500 mil. Vale destacar que esses valores são 20% superiores aos concedidos no ano passado, representando um avanço significativo na valorização do futebol feminino.
