Julgamento durou mais de 10 horas
Diego Ferreira de Lima Antunes e Nathiely da Cruz Maria foram absolvidos da acusação de tentativa de homicídio na forma qualificada, porém privilegiada, durante júri popular nesta terça-feira, 3. Eles eram acusados de tentar matar Mateus da Silva Reis em julho do ano passado. O julgamento começou às 9 horas e foi encerrado por volta das 19 horas.
Segundo a denúncia, o casal tentou matar Mateus acompanhado de seus filhos de um e sete anos, respectivamente. “Ao baterem à porta, foram recebidos pela companheira da vítima, Marina, de quem eram amigos. Assim que adentraram à residência, Nathiely pegou uma garrafa de vidro e desferiu um golpe na cabeça de Mateus, que estava de costas em seu quarto e foi surpreendido pela atitude violenta.”
Na sequência, com a vítima caída ao chão, Diego teria desferido diversos golpes de facão, sendo ao menos três golpes na região da cabeça, um golpe no quadril e vários cortes nas mãos do ofendido.
“Ressalte-se que a morte da vítima não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos denunciados, pois o ofendido conseguiu fugir em direção a um matagal próximo à sua casa, para onde retornou em seguida, e recebeu rápido atendimento hospitalar”, diz o Ministério Público na denúncia.
No final de setembro do ano passado, equipes da Polícia Civil de Canoinhas foram até o município de Rio Negrinho para dar cumprimento a dois mandados de prisão preventiva, além de mandado de busca e apreensão na residência do casal, que teria fugido para o Município vizinho logo depois do crime. Diego estava preso desde então e Nathiely usava tornozeleira eletrônica.
SENTENÇA
O conselho de sentença absolveu Nathiely e, no caso de Diego, desclassificou a acusação de tentativa de homicídio para lesão corporal.
Segundo os advogados de defesa, Osvaldino Nunes e Alisson de Camargo, do escritório Nunes, Noernberg & Camargo, por meio de nota enviada à reportagem, “no caso em tela, logramos êxito em demonstrar aos jurados que Nathiely não teve participação ativa na prática dos fatos. No que tange a Diego, ficou claro que este agiu em estado de violenta emoção e nunca teve intenção homicida.”
A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para investigar uma testemunha que passou a ser acusada de prestar falso testemunho.