Daniele Aparecida Colaço, de 35 anos, morreu após seis dias internada depois de ser agredida
A mãe de um dos três rapazes acusados de matar o taxista Aloir Jankovsky, de 64 anos, em Canoinhas, morreu vítima de feminicídio em maio deste ano. Daniele Aparecida Colaço, de 35 anos, ficou em estado grave após ter sido agredida e acabou falecendo no dia 20 de maio, depois de seis dias internada no Hospital São Vicente de Paulo, de Mafra, devido a uma grave lesão na cabeça, que causou afundamento de crânio. O principal suspeito seria o próprio companheiro da mulher.
O caso aconteceu no bairro Piedade, em Canoinhas, no dia 14 de maio. Conforme o boletim divulgado pela Polícia Militar no dia seguinte ao crime, equipes policiais foram chamadas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas, por volta das 11h daquela terça-feira, para verificar uma situação de agressão.
Daniele foi atendida por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após ter sido encontrada caída no chão de sua casa, com um ferimento contundente no lado direito da cabeça, que ocasionou afundamento de crânio.
A mulher teve de ser transferida por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra, devido à gravidade de seu estado de saúde. Ela foi atendida por equipes especializadas e ficou em observação, mas não resistiu e morreu no dia 20 de maio.
COMPANHEIRO NEGOU A AGRESSÃO
Na UPA de Canoinhas, no dia do crime, conforme o relato das autoridades, os policiais militares conversaram com o companheiro de Daniele, que alegou que teria saído de casa pela manhã e, quando retornou, a encontrou caída no chão, inconsciente. Ele alegou não ter agredido a mulher.
A mãe da vítima também foi ouvida pelos policiais. Ela alegou que brigas e agressões eram constantes por parte do homem em relação a sua filha. Há, inclusive, o registro de uma medida protetiva dela contra o homem, que teria sido retirada em novembro de 2023.
Naquele momento, por não haver indícios suficientes para conduzir o homem à Delegacia, de acordo com informações da Polícia Militar, ele foi ouvido e liberado ainda no Pronto Atendimento.
No dia 22 de maio, dois dias após a morte de Daniele, a Polícia Civil de Canoinhas, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) cumpriu um mandado de prisão contra o companheiro de Daniele. Ele foi preso temporariamente e encaminhado ao presídio de Canoinhas. Pouco tempo depois, a prisão temporária foi convertida em prisão preventiva. O homem permanece à disposição da Justiça no presídio.

MORTE DE TAXISTA
Os três adolescentes tentaram abastecer o carro de Aloir Jankovsky – logo depois de assassiná-lo com facadas – em um posto de gasolina de Rio Negro (PR).
Conforme relato de um frentista, os menores não conseguiram abrir o tanque, o que chamou a atenção do funcionário do posto, que notou manchas de sangue no banco do motorista.
O frentista acionou a PM, que não localizou o carro naquele momento. Posteriormente, por meio do rastreamento do seguro, foi possível identificar que o veículo estava em Joinville
O operador da central de Canoinhas repassou a informação à central de Joinville, que enviou equipes e flagrou os três menores com o carro da vítima. Eles revelaram o que aconteceu e onde haviam deixado o corpo do taxista.
Dois dos menores já tinham histórico de envolvimento com atos infracionais, incluindo tráfico de drogas e estupro de vulnerável. Os três foram apreendidos pela Polícia Civil.