Partido deve sair das mãos de Carlos Moisés e ir para as de Jorginho Mello
DUPLO TWIST CARPADO
O governador Jorginho Mello (PL) deu um duplo twist carpado ao, aparentemente, tomar o Republicanos do ex-governador Carlos Moisés, que vinha rifando o partido estado adentro nos últimos meses. Este é mais um capítulo da novela que reprisa em todo período pré-eleitoral. Ter o maior número de partidos nas mãos é sinônimo de poder. Candidatos a prefeito estão à caça de apoio e sedentos por reunir o maior número de partidos na sua chapa.
O Republicanos teve trajetória mais conturbada nesse quesito em Canoinhas. Presidido até o final do ano passado pelo marido da prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL), Alex Hoppe, o partido foi tirado dele antes mesmo de a prefeita se aliar partidariamente ao atual governador. Foi parar nas mãos de um indicado pelo ex-prefeito Beto Passos e, atualmente, está nas mãos da secretária de Saúde de Passos, Kátia Oliskowski. “Estamos acompanhando (a troca de comando estadual). A princípio não muda nada aqui”, afirma Kátia, que pretende concorrer a uma vaga na Câmara.
Fato é que o Republicanos deve ir parar nas mãos do deputado federal Jorge Goetten, que atualmente está no PL, mas que deve migrar para o Republicanos a pedido do governador. Juca Mello, irmão de Jorginho, deve estar na nova executiva do Republicanos, segundo o jornalista Upiara Boschi. Essa costura está acontecendo no cenário nacional, ao ponto de o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, estar providenciando a manutenção do mandato de Goetten apesar da saída do partido, afinal, a janela para troca de partido já fechou.
Sob comando do ex-governador Carlos Moisés, desafeto de Jorginho, o Republicanos vinha atuando alinhado aos projetos do PSD. Juntos os dois partidos vêm estudando quem indicar para a vice de Beto Faria (MDB). Agora, tudo desmoronou.
Ao que tudo indica, se a articulação de Jorginho der certo, o Republicanos deve ser tirado das mãos de Katia e devolvido para Alex, o que sepulta a possibilidade de o partido apoiar Faria.
SOMA
Não foi só em Canoinhas que essa manobra de Jorginho colocou água no chope da virtual coligação Republicanos e PSD. A dobradinha já estava acertada em Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Joinville e Blumenau, só pra citar as maiores cidades.
RUMORES
Quando Goetten esteve em Canoinhas, dizem, se reuniu com o ex-vice-prefeito Renato Pike.
SAÍDA
Os candidatos a prefeito ou vice nas eleições de 2024 que estejam em cargos de ordenadores de despesa tinham até ontem para serem exonerados. Nesta quinta, 6, eles já devem estar fora das funções para a desincompatibilização eleitoral.
CANDIDATURA PURA

Com a presença do deputado estadual Padre Pedro Baldissera, o PT de Major Vieira realizou debate nesta semana sobre estratégia eleitoral para este ano. O deputado lembrou que Lula fez uma grande votação no município, e que esta votação pode dar vitória a um candidato do PT, mesmo lançando candidatura própria com chapa completa de vereadores.
De fato, diante da limpa que Jair Bolsonaro (PL) fez nos votos da região, Lula foi muito bem em Major Vieira. Fez 41,14% dos votos no segundo turno.
FORA
Dois secretários e dois secretários-adjuntos do governo Jorginho Mello deixaram os cargos para concorrer a prefeituras. As exonerações assinadas pelo governador foram publicadas na edição desta quarta-feira, 5, do Diário Oficial do Estado.
A secretária de Saúde, Carmen Zanotto (Cidadania), deixa o cargo para concorrer à prefeitura de Lages, na Serra Catarinense.
Já o secretário de Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi (PL), deve concorrer à prefeitura de Criciúma, no Sul do Estado.
O secretário-adjunto de Portos e Aeroportos, Robison Coelho (PL) saiu porque é pré-candidato a prefeito de Itajaí e a secretária-adjunta de Educação, Patrícia Lueders, é possível candidata a vice-prefeita de Blumenau.