Cidade está entre as mais atingidas por tragédias provocadas pelo clima no Estado
A cidade de Canoinhas computou 77 desastres naturais desde 1991, o que levou a 10.882 desalojados ou desabrigados, afetando um total de 43.818 pessoas e gerando uma fatura que passa dos R$ 500 milhões entre danos e prejuízos. É o que mostra o Atlas de Desastres no Brasil, que traz estatísticas de 1991 a 2023 de enchentes, enxurradas, deslizamentos e outras ocorrências do tipo em todo o país. Segundo o levantamento, o Estado de Santa Catarina registrou nesse período 336 mortes, 1,2 milhão de desabrigados e desalojados e prejuízo total estimado de R$ 55 bilhões com as chuvas e calamidades. Canoinhas está entre os Municípios que registraram o maior número de ocorrências no período. Fazem parte deste grupo, no Planalto Norte, as cidades de Porto União, Papanduva, Itaiópolis e Mafra.
Entre os 77 registros feitos em Canoinhas, houve 15 enxurradas, 14 vendavais e ciclones, 11 chuvas com granizo intensas, 11 chuvas intensas, nove inundações, sete ondas de frio e sete períodos de grande estiagem e seca.
Na região, Mafra tem o maior número de registros de desastres, foram 87 no mesmo período. Enquanto Canoinhas registrou apenas uma morte, Mafra registrou quatro óbitos decorrentes de desastres naturais.
Itaiópolis registrou 72 eventos, tendo um óbito computado. Porto União teve 59 eventos com dois óbitos nestes 33 anos. Já em Papanduva foram 52 eventos com um óbito.
MAIORES DESASTRES
Entre os 12 maiores desastres climáticos da história de Santa Catarina, Canoinhas figura em dois momentos. A passagem de um tornado ou microexplosão pela região de Canoinhas, em maio de 1948, resultou em um desastre natural conhecido como Tragédia de Valinhos. O episódio deixou 23 pessoas mortas, além de destruir casas, árvores e propriedades rurais.
Canoinhas também sofreu, junto com a região de Blumenau, a maior enchente da história de Santa Catarina. Em 1983, a água tomou conta de tudo o centro da cidade.
