Obra já havia sido licitada pelo ex-governador Carlos Moisés
COLUNA DE DOMINGO É impressionante a desfaçatez do governo do Estado com relação a SC-477, rodovia que liga Canoinhas à BR-116. Como bem disse o vereador Wilmar Sudoski (PSD), Jorginho Mello (PL) assumiu o governo com a bola quicando e sem goleiro. Bastava fazer o gol. Não fez. Preferiu segurar a bola e com ela está até hoje.
Nunca é demais lembrar que Carlos Moisés (Republicanos) licitou a obra, houve uma empresa vencedora, faltou apenas liberar a ordem de serviço. O recurso para a obra já estava reservado.
Jorginho assumiu falando em rever contratos, passar pente fino ou algo do gênero. Cem dias depois do início de sua gestão somou compra de recursos de insumo para a Polícia como avanço de governo e silenciou sobre obras represadas. Ainda não terminou o pente fino?
Não se sabe, nada disse a respeito. Questionada pela coluna há uma semana, sua assessoria manteve o silêncio.
Se Mello bancar o esquecido sobre a SC-477, vai pagar caro na região do Planalto Norte, região que o elegeu com votação maciça. Os primeiros sinais virão com a eleição municipal do ano que vem. Mello tende a se tornar um nome tóxico para qualquer pessoa que ouse usar seu nome para ascender politicamente. Alô diretório regional do PL. Depois de amargar ter de expulsar um ex-presidente (Renato Pike), terá de esconder um governador hostil e indiferente às demandas do Planalto Norte.
Como já escrevi, Mello ainda não mostrou a que veio. Sequer deixou Florianópolis para agradecer a votação expressiva. Deve estar com medo de ser cobrado. Uma hora, contudo, a fatura virá, seja em forma de cobranças (que ele pode escapar, claro), ou de modo mais duro, com as urnas mandando o governador e seus aliados para o limbo. Mello, ao que parece, está pagando para ver.