Taxa de homicídios registrada no ano passado está próxima da mesma da Capital
O número de furtos simples registrados pela Polícia Militar no ano passado aumentou 30% em relação ao ano anterior. Enquanto em 2021, 285 furtos nesta modalidade foram praticados, em 2022 este número saltou para 371. Janeiro, março e abril do ano passado foram os meses com maior número de registros.
O furto simples é quando o bem é levado sem que haja vestígios de ruptura de obstáculo para acessá-lo, ou seja, o ladrão que entra em pátio quando o morador não está em casa e leva qualquer bem que encontrar.
Furto qualificado, por outro lado, é a subtração que deixa vestígios de ruptura de obstáculo para acessar o bem. Um arrombamento, por exemplo.
Este e outros números sobre a segurança pública na área de abrangência do 3º Batalhão de Polícia Militar foram apresentados pelo comandante da corporação, tenente coronel Silvano Sasinski, durante a sessão da Câmara de Canoinhas desta segunda-feira, 13.

Ao lembrar que os furtos simples preveem penas que não passam de quatro anos, disse que isso remete ao velho jargão “a Polícia prende e a justiça solta. A questão não é nossa, nós aplicamos a lei. Precisa que existam requisitos para a prisão preventiva. Se a pessoa foi acusada e foi comprovado que ela cometeu o furto, mesmo assim ela vai responder em liberdade”, explicou.
Sasinski disse que pessoas que cometem furtos simples são conhecidas da Polícia. “Assim que essas pessoas estão segregadas, os números começam a cair”, ponderou. O difícil é conseguir mantê-los na cadeia. “Temos de procurar nossos deputados e senadores pedindo que as leis aprovadas respondam aos anseios da sociedade. As pessoas não estão ficando presas. Todo autor de delito faz uma avaliação do que vai render o ato e qual será a pena”, disse.
O comandante falou sobre a necessidade de se investir em mais videomonitoramento (instalação de câmeras de vigilância) e aumento de efetivo do batalhão.
HOMICÍDIOS
Canoinhas tem taxa de homicídios que se aproxima da taxa da capital Florianópolis. Com cinco assassinatos registrados em 2022, essa taxa chegou a 9,09% para cada 100 mil habitantes, de acordo com o Anuário da Segurança Pública. Florianópolis tem taxa de 10,8%, praticamente a mesma do Estado de Santa Catarina, com taxa de 10,7%.
O Brasil tem taxa de homicídios de 20,19%.