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Baleia de Bitcoin: o que isso significa e como influencia o mercado de cripto?

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Baleia de Bitcoin ou baleia de criptomoedas

No mundo dos investimentos, inclusive no de criptomoedas, é comum fazerem analogias entre investidores e alguns animais, para simplificar o que acontece no mercado financeiro e as estratégias utilizadas por grandes investidores. 

Um desses termos se refere a um animal marinho: a baleia. Além de ser um grande animal do mar, é considerado o maior animal do planeta.

O que será que significa “Baleia de Bitcoin”? Leia nosso post e fique sabendo mais sobre o assunto. Veja como os nomes dos animais são aplicados nas operações de criptomoedas!


O que é uma Baleia de Bitcoin?

Baleia de Bitcoin ou baleia de criptomoedas é um termo usado pela comunidade cripto referente às pessoas ou às instituições que armazenam quantidades altas de moedas digitais. As baleias, devido à posse de um volume alto de criptomoedas, apresentam potencial de manipular as variações da moeda e os preços do mercado.

O termo faz referência a uma “baleia dentro de um aquário”, pois ela é grande e, quando se movimenta, faz grandes movimentações em um mercado pequeno como o de criptomoedas (aquário).

Conquistar o status de “baleia” no mercado de criptomoedas, principalmente bitcoin, está relacionado a ter no mínimo 100 BTC; se só um BTC está valendo, no mínimo, R$ 88 mil (valor da cotação em 24/11/2022), imagina a quantidade necessária para ser considerado uma baleia… Geralmente, elas representam mais de 10% da quantidade total de determinada criptomoeda. 

Enfim, podemos definir Baleia BTC como um usuário que possui alta quantia de bitcoin em seu endereço da carteira digital (wallet).


Quem são as grandes baleias de criptomoedas?

Alguns dos investidores conhecidos atualmente por acumularem uma grande quantidade de criptomoedas são:

  • Michael J. Saylor, cofundador e presidente-executivo da MicroStrategy, empresa que oferece inteligência de negócios, serviços baseados na nuvem e software móvel (a própria empresa possui 13.000 BTC);
  • Brian Armstrong, executivo e investidor bilionário norte-americano, um dos fundadores da exchange de criptomoedas Coinbase;
  • Satoshi Nakamoto, o próprio criador do Bitcoin é considerado uma baleia da criptomoeda, mas nunca mexeu em sua carteira desde a criação do BTC. Satoshi possui mais de 1 milhão de BTC; 
  • Os gêmeos Winklevoss, ex-remadores olímpicos, têm mais de 100 mil BTCs;
  • Tim Draper, o maior investidor da nova criptomoeda Tezos (lançada em 2017), com aproximadamente 30 mil BTCs, entrou para o mercado logo no começo, em 2014, quando o bitcoin valia apenas US$ 600;
  • Barry Silbert, investidor que aplicou em mais de 75 empresas associadas ao BTC e Fundador da DCG – Digital Currency Group;
  • Matthew Roszak, executivo da Bloq (empresa de infraestrutura de blockchain), começou a investir em bitcoin em 2011.

Especificamente em relação à baleia de Bitcoin, os três maiores nomes eram Satoshi Nakamoto, Cameron Winklevoss e Tyler Winklevoss (os gêmeos), e Tim Draper. Porém, recentemente um investidor misterioso acumulou, em somente quatro dias, mais de US$ 3 bilhões em BTCs e se tornou a terceira maior baleia de Bitcoin do mundo. A carteira do misterioso investidor, que pode ser pessoa física ou jurídica, é denominada 1LQ…sCD.

Falando somente de empresas, existem fundos de investimentos que são baleias de criptomoedas, com alto potencial para influenciar no mercado.

Como elas influenciam no mercado de criptomoedas?

Como sabemos, a cotação das criptomoedas é definida exclusivamente por oferta e demanda. Quanto mais gente compra, mais caro fica o ativo; quanto mais gente vende, mais o preço cai em relação a moedas fiduciárias. Transferir ou liquidar muitas quantidades de Bitcoins de uma carteira para outra impacta de forma negativa os preços, causando perdas para os pequenos investidores.

Assim, caso um investidor esteja vendendo seu ativo por moeda fiduciária, a dimensão do negócio e a falta de liquidez geram pressão descendente no preço do BTC, já que outros investidores visualizam a transação.

Sempre que as baleias vendem, os demais investidores ficam em estado de alerta, verificando os indicadores de que elas estão se desfazendo de seus ativos. Dessa forma, é importante que os pequenos rastreiem baleias BTCs em tempo real, de forma que seja possível realizar transações lucrativas em um cenário de preços oscilantes.

Ainda que o BTC seja de natureza descentralizada e global, é possível verificar as transações mesmo de forma anônima na blockchain, onde é registrado o endereço da carteira e a quantia movimentada.

Existem três principais estratégias utilizadas pelas baleias para manipular o mercado:

  1. A primeira delas está focada na tática de colocar diversas ordens em livros de ofertas, passando a impressão de aumento do fluxo para a criptomoeda. Quando o preço chega ao que a baleia quer, cancelam-se as ordens feitas.
  2. A segunda estratégia é a venda da moeda por um valor bem mais baixo. Essa tática agrega valor negociado para baixar a taxa de mercado, muito conhecida como “ciclo de enxugamento e repetição”. 
  3. Por fim, a terceira é a tática de colocar uma grande ordem de compra na corretora e, ao mesmo tempo, as baleias absorvem as ordens de vendas existentes, impedindo que o preço da criptomoeda suba. Essa técnica é conhecida também como “parede ou barreira de compra e venda”. 


Como rastrear as baleias?

Há quatro formas principais de rastrear baleias no mundo das criptomoedas: 

  1. Monitorar os endereços conhecidos das baleias, as alterações abruptas na capitalização do mercado, os livros de ordens e as transações em corretoras de criptomoedas.

O rastreamento confere vantagem para pequenos investidores, já que a prática aumenta as chances de encontrar um trade de baleias.

  1. Monitorar as transformações do mercado por meio de livros de ordens e transações em corretoras mostra transações de baleias que vão ocorrer, o que ajuda no aproveitamento de lucros no período de volatilidade. Fora a praticidade de acompanhar os bots pelas redes sociais que alimentam essas informações, como o Whale Alert.
  2. A comunidade ainda utiliza serviços sem custo algum que informam os traders sobre transações bem efetuadas de baleias. Em geral, inclui informações a respeito das carteiras do remetente e do destinatário e o valor.
  3. Um indicativo muito observado pelos traders é a média de entrada da corretora de criptomoedas ou o valor médio de determinada criptomoeda depositada na exchange. Se o total médio de ativos por negócio ultrapassar 2,0, isso quer dizer que as baleias despejarão suas moedas caso exista correlação com um número elevado de baleias usando a troca.

Você pode usar a Binance para rastrear o movimento das baleias no oceano das criptomoedas, mantendo-se assim mais seguro em sua tomada de decisão. Afinal, uma decisão errada pode trazer graves prejuízos quando falamos de investimentos de renda variável.

O que significa a “hibernação” de baleias?

Como explicamos, é muito importante rastrear as atividades das baleias para se manter atualizado e fazer bons investimentos no mercado de criptomoedas.

Mas, quando não ocorrem atividades, ou seja, quando não há transações das quantidades altas de criptomoedas, isso representa uma fase de “hibernação” das baleias. Assim, as baleias dormem, aguardando o momento oportuno de acordar e retomar suas atividades, gerando maiores oscilações nos preços de determinada criptomoeda.

Durante julho de 2022, por exemplo, as baleias de Bitcoin estavam adormecidas, em um período de hibernação, o que chamou a atenção dos traders e especialistas no assunto. No mês seguinte, contudo, elas começaram a despertar. Iniciou-se, curiosamente, um despertar de Bitcoins antigos, que jaziam em hibernação desde 2012! Essa nova movimentação preocupa os investidores, que ficam sem saber direito o que esperar do setor.

Quais são os outros animais do mercado de criptomoedas?

Além da baleia, há outros animais que povoam o mercado de criptoativos. Existem, por exemplo, os investidores que têm menos de um BTC, chamados sardinhas ou camarões. 

No mercado de moedas digitais, é preciso considerar que há peixes graúdos e peixes pequenos. Há baleias, sim, mas existem também sardinhas.

Sardinhas

Em vez de camarões, alguns especialistas usam o termo “sardinhas” para aludir aos pequenos e médios investidores de varejo.

São as sardinhas que mais estão expostas à movimentação das baleias, podendo se tornar presas fáceis. Por outro lado, quando os “peixinhos” conseguem acompanhar as atividades sociais, podem se reunir em cardumes grandes para se movimentar com mais segurança e confiabilidade entre as baleias.

São chamados sardinhas também os investidores iniciantes, que não estão preparados para reagir à altura das oscilações do mercado financeiro. Afinal, o bom investidor precisa, acima de tudo, saber lidar com perdas.

Sem controle de emoções, as sardinhas entram logo em desespero, facilitando a manipulação por parte das baleias, que aplicam uma tática muito comum: vendem frações pequenas de BTC, provocando uma baixa no valor da moeda e, como resultado, as sardinhas entram em pânico.


Tubarão

Os tubarões de bitcoin ou de qualquer outra criptomoeda são os investidores que aproveitam essas oportunidades do mercado para “abocanhar” as sardinhas. Segundo relatório da Glassnode, um tubarão de BTC precisa ter pelo menos 500 BTC.

Esses tubarões “vasculham” a blockchain em busca de informações sobre as operações com posições altamente alavancadas.


Demais animais marinhos das criptomoedas

Vamos mostrar uma lista com os animais que representam os investidores de criptomoedas. 

Veja como é interessante o ambiente “oceânico” dos bitcoins e das outras moedas digitais:

  • camarão/sardinha: menos de um BTC;
  • caranguejo: entre 1 e 10 BTC;
  • polvo: entre 10 e 50 BTC;
  • peixe: entre 50 e 100 BTC;
  • golfinho: entre 100 – 500 BTC;
  • tubarão: entre 500 – 1.000 BTC;
  • baleia: acima de 1.000 – 5.000 BTC.
  • baleia jubarte: acima de 5.000 BTC
    *dados Glassnode


Touro e Urso

Touro (bull) e urso (bear) também são animais recorrentes no mercado de criptomoedas e ações. 

Tendência de alta é chamada de “bullish”, analogia de que quando o touro ataca com os chifres, movimenta a cabeça de baixo para cima (movimento ascendente).

Assim, a imagem do touro remete ao momento em que as cotações das criptomoedas estão em um longo período de otimismo, em que o movimento de compra é maior que o de venda.

Em contraponto, a tendência de baixa recebe o nome de “bearish”, já que o urso, durante um ataque, movimenta as patas de cima para baixo (movimento descendente).

Isso quer dizer que o urso remete ao momento em que as cotações das criptomoedas estão em um longo período de pessimismo, em que o movimento de venda é maior que o de compra.

Manada

Há um coletivo que pode ser aplicado no mercado de criptomoedas: “Manada”: um grupo de animais que andam em grupo (bois, ovelhas). 

No mundo da renda variável, o efeito manada acontece quando muitos investidores tomam a mesma direção ao mesmo tempo, sem existir, para isso, um motivo aparentemente fundamentado.

Essa reação de manada acaba por gerar desequilíbrios na oferta e na demanda, atrapalhando o mercado financeiro. 

Pode acontecer, inclusive, a temida “bolha”. Como exemplo, podemos citar uma compra desordenada de BTCs em detrimento de todas as outras moedas digitais.

Neste artigo, explicamos que a baleia de Bitcoin é um grande investidor que acumula uma quantia expressiva de bitcoins.

Vale ressaltar que os termos apresentados não são exclusivos para o Bitcoin; podemos fazer a mesma analogia com outras criptomoedas: ETH, USDT, BNB ou MATIC, por exemplo. Podemos, ainda, nos referir ainda a um investidor que detém quantidades elevadas de criptomoedas de diferentes tipos, englobando todas essas citadas, por exemplo.

Curiosas essas analogias que trouxemos no artigo, não é mesmo?  

O que deseja ser? Baleia ou sardinha? Provavelmente, todos desejam ser baleias no mundo das criptomoedas, mas nem todos alcançam essa posição. Lembre-se ainda que existem as posições intermediárias: polvo, golfinho, tubarão… 

Divida com outros investidores o que leu e ajude a fortalecer o mercado cripto. Vamos lá!