Carlos Moisés disse em debate que o candidato Jorginho Mello teria praticado advocacia administrativa
O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou, na tarde desta quarta-feira, 26, denúncia contra o governador Carlos Moisés (Republicanos), então candidato à reeleição ao cargo de governador do Estado, por suposta calúnia proferida durante um debate na TV no primeiro turno das eleições contra o candidato Jorginho Mello (PL), ao atribuir a ele a prática do crime de advocacia administrativa.
No debate ocorrido no dia 27 de setembro pela NSC TV, Moisés disse que, no início de seu mandato, o senador, agora candidato a governador, o havia procurado no intuito de evitar a revisão de contrato oneroso para o Estado que seria de muita importância para ele. Completou, ainda, dizendo que tinha integridade e que, como governador, tinha limpado o Estado deste tipo de corrupção.
Sentindo-se com a honra ofendida, Jorginho fez representação ao Ministério Público Eleitoral. Na apuração do caso, em resposta aos promotores Eleitorais, o governador afirmou que toda a conversa a que se referiu no debate foi republicana, e que o opositor, na qualidade de senador da República, mostrou preocupação com o sistema penitenciário de Santa Catarina, objeto do contrato revisado.
Para os promotores Eleitorais Andrey Cunha Amorim, Helen Crystine Corrêa Sanches e Wilson Paulo Mendonça Neto, que assinam a denúncia, o então candidato à reeleição Carlos Moisés teria cometido o crime de caluniar alguém, visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. A denúncia foi ajuizada perante o Juízo da 12ª Zona Eleitoral do Estado de Santa Catarina e ainda não foi recebida.