Prefeito em exercício surpreendeu ao mandar projeto de lei à Câmara
MUDANÇA DE RUMO
Surpreendeu a atitude do prefeito em exercício Willian Godoy (PSD) ao enviar à Câmara de Vereadores projeto de lei que estabelece eleições diretas para diretor de escolas municipais. Projetos semelhantes de origem legislativa foram rejeitados pelos vereadores há bem pouco tempo. Um deles era do saudoso Vagner Trautwein, que viu na derrota uma das maiores decepções de sua carreira como vereador. Em 2008, curiosamente também um ano eleitoral, projeto de autoria dos vereadores Vagner Trautwein (então no PSDB) e Célio Galeski (então no DEM), foi reprovado por seus pares à época. O assunto voltou à baila em 2020, outro ano eleitoral, mas não prosperou.
Agora, pela primeira, vez, o projeto parte de um prefeito, justamente quem menos tem interesse em perder o direito de indicar diretores. Professores que encaram o desafio de dirigir uma escola são indicados pelos prefeitos há décadas. São pessoas importantes por estarem inseridas em um meio onde circulam pais, demais professores e a comunidade escolar, todos eleitores, um terreno fértil para uma eventual candidatura a reeleição. Não é nada incomum, inclusive, que os prefeitos indiquem professores que arregaçam as mangas e vão e partem em campanha para favorecê-los.
Dessa forma, Godoy dá um passo importante para acabar com o clientelismo entre diretores e prefeitos. A medida, a princípio, parece louvável e parece pouco provável que algum dos 10 vereadores – muitos também indicam apadrinhados para comandar escolas – tenha coragem de votar contra.
A lei, se aprovada, contudo, é uma faca de dois gumes. Se por um lado acaba com o clientelismo e inicia uma importante consciência política nas escolas, isso pode ser muito bom ou intoxicar o ambiente escolar com disputas internas que podem extrapolar o campo das ideias e projetos. Ademais, o “diretor gente boa”, aprovado pela comunidade escolar pode não ser exatamente o melhor gestor. Mas é preciso testar. Se a comunidade escolar souber usar esse dispositivo do voto de modo responsável, as escolas municipais só têm a ganhar.
GINÁSIO
Moradores têm reclamado da dificuldade de acesso ao Ginásio Magno Vitor Fuck. O espaço está fechado para o público. Segundo o Município, a prefeitura vai fazer um novo acesso ao ginásio. “Também vai arrumar o que foi depredado por vandalismo que fizeram no local. Por isso foi isolado o acesso, para garantir a segurança. Assim que tudo estiver reparado será aberto novamente à comunidade”, diz o Município em nota.
DESTINO
Vereadores Juliana Maciel (PSDB) e Marcos Homer (Podemos) voltaram a questionar o destino dos veículos apreendidos na revenda do ex-vice-prefeito Renato Pike. Os 60 veículos seguem estacionados no pátio do quartel da Polícia Militar. Vereador Wilmar Sudoski (PSD) disse que o Município já solicitou os carros, mas a decisão cabe à Justiça.
Segundo o vereador Osmar Oleskovicz (PSD), o próprio Ministério Público enviou solicitação para que entidades e o próprio Município façam solicitação dos veículos.
NA PRESSÃO
Jorginho Mello (PL) acredita que vai crescer nas pesquisas depois do 7 de setembro. Ele acredita que as gigantescas mobilizações Pró-Bolsonaro o favorecerão.
MANIFESTAÇÃO
Em Canoinhas dezenas de motoristas participaram de uma carreata iniciada no Alto do Frigorífico que culminou com uma reunião na praça Lauro Müller.
APOIO
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, gravou um vídeo no qual declara apoio à reeleição do governador Carlos Moisés (Republicanos) em Santa Catarina. Na gravação, divulgada nesta terça-feira, 6, Mourão enalteceu a gestão fiscal nos últimos anos no Poder Executivo Estadual.
Moisés tem pedido apoio a prefeitos que o apoiam porque acredita ser possível ser eleito no primeiro turno.
ESTREIA
No primeiro dia como presidente em exercício da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o deputado Maurício Eskudlark (PL) recebeu lideranças políticas e empresariais do estado, manteve reuniões protocolares com diretores do Parlamento e concedeu entrevistas a emissoras de rádio. O canoinhense, que ocupava a 1ª vice-presidência da Casa, exercerá a presidência por 30 dias, mesmo período em que o deputado Moacir Sopelsa (MDB) deve ocupar a chefia do Executivo estadual.
