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Janeiro sem mortes: Apenas 12% dos internados na UTI Covid do HSCC não tinham tomado vacina

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Dos 19 casos confirmados, apenas um não tinha tomado a vacina

Não foi por acaso que apesar da agressividade com que a variante ômicron da covid-19 avançou por todas as cidades do Planalto Norte, o número de mortes pela doença foi pequeno. No caso de Canoinhas, por exemplo, nenhuma morte foi registrada em janeiro.

Os números não deixam dúvidas. Das 36 pessoas internadas com sintomas respiratórios na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Cruz (HSCC), quatro (12%) não tinham tomado nenhuma vacina contra a doença. A maioria dos outros 32 internados havia tomado pelo menos duas doses do imunizante contra a covid-19. A média de idade desses internados foi de 64 anos.

Dos 36 internados, 19 de fato tiveram confirmado por meio de teste que estavam infectados pelo coronavírus. Destes, apenas um dos internados não tinha tomado nenhuma dose da vacina. A média de idade destas 19 pessoas era de 68 anos.

Somente nesta semana, já em fevereiro, a Secretaria de Saúde de Canoinhas confirmou a primeira morte do ano por covid-19.

A diretora administrativa do HSCC, Karin Adur, diz que “algo que observamos no decorrer desses meses é que a falta do ciclo completo de vacinação tem contribuído para o aumento dos internamentos na Ala Covid”.

Ela enfatiza, ainda, a importância das vacinas para crianças. “Ficamos sabendo de muitos casos graves em crianças pela falta de vacinação, o que causa preocupação, principalmente pelo pequeno número de leitos de UTI pediátrica no Estado”, explica.

Francielle Colla Costa, responsável pelo programa de imunização de Canoinhas, também credita ao sucesso da campanha de vacinação o fato de o Município não ter constatado mortes por covid no mês de janeiro.

Para o infectologista Carlos Starling, “sem dúvida a disponibilização das diferentes vacinas contra a covid-19 fizeram toda a diferença na evolução da pandemia. Além das vacinas, tivemos medicamentos que atuam na fase inicial da doença e alguns outros que atuam nas fases mais tardias, em pacientes mais graves. Ou seja, temos métodos de prevenção adequados. Foram avanços fantásticos. Além da comprovação de que os métodos não-farmacológicos (máscara, limpeza, distanciamento) são altamente efetivos. E é esse grande pacote que nos dá esperança para 2022.”

Os especialistas são unânimes em dizer que a vacina não é garantia de que você não vai pegar a doença, muito menos que você não corre o risco de ser internado e até de morrer. Porém, como deixam claro os dados de Canoinhas, os riscos reduzem consideravelmente. Basta comparar janeiro de 2022 com maio de 2021, o ano mais mortal da pandemia em Canoinhas.

Neste janeiro sem mortes, Canoinhas chegou ao pico de mais de 500 casos ativos de covid ao mesmo tempo. Já em maio do ano passado, com pico de 603 casos, 30 pessoas morreram de covid na cidade.

OS DADOS

JANEIRO/2022
• Total de internamentos na UTI Covid (suspeitos e confirmados): 36
o Total de vacinados: 32
o Média doses: 2
o Média idade: 64

• Total de casos de Covid-19 na UTI Covid: 19
o Total de vacinados: 18
o Média doses: 2,3
o Média idade: 68



ATUALIZAÇÃO

Nesta quarta-feira, 9, há 11 pessoas internadas na Ala Covid do HSCC. Destas, nove estão em leito de UTI. Duas delas estão na UTI geral, após alta do isolamento da UTI da Ala Covid. Há cinco pacientes intubados.

Dos internados, oito são de Canoinhas, um é de Três Barras, um é de Guaramirim e um é de Mafra.

Em Canoinhas, 105.837 doses da vacina contra a covid-19 já foram aplicadas. O Município registra 451 casos ativos de covid. Desde o início da pandemia, 10.401 pessoas foram infectadas pela doença e 9.796 liberadas para o convívio social seguro.