10 de agosto de 2021
Folha de S.Paulo
Blindados vão às ruas em dia crucial para voto impresso
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira (9) que o desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios previsto para esta terça-feira (10) não é usual, mas considerou uma “coincidência trágica” que ocorra no mesmo dia de análise do voto impresso pelo plenário da Casa.
Lira concedeu entrevista ao portal Antagonista na noite desta segunda, horas após o Ministério da Defesa anunciar a realização, nesta terça, do desfile de blindados que passará em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Ele admitiu a possibilidade de adiamento da votação na Câmara “se os deputados quiserem e a população achar que é conveniente”.
De acordo com um comunicado da Marinha, o desfile marcará a entrega a Bolsonaro e ao ministro Walter Braga Netto (Defesa) de um convite para que as autoridades acompanhem, na próxima segunda-feira (16), um tradicional exercício da Marinha que ocorre desde 1988.
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O Estado de S.Paulo
Planeta esquentará 1,5ºC até 2040, com forte efeito no Brasil
Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC) da ONU informou que a Terra está esquentando mais rapidamente do que era previsto e a alta da temperatura deve ser de 1,5ºc acima do nível pré-industrial entre 2030 e 2040. Esse prazo é pelo menos dez anos inferior ao que se calculava. O fenômeno provocará eventos climáticos extremos com maior frequência, como enchentes e ondas de calor. O que a humanidade fará imediatamente com essa informação vai definir o tamanho do impacto na vida de 7,6 bilhões de pessoas no planeta. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que o documento é um “alerta vermelho”. O Brasil deve ter eventos climáticos extremos mais frequentes, como estiagens no Nordeste e no Centro-oeste e enchentes em cidades do Sudeste. Uma forte queda da produção agrícola também é possível. Os efeitos para o Sudeste, onde os aumentos nas precipitações média e extrema são observados desde a década de 1960, virão sob a forma de tempestades. Na região mais populosa do Brasil, cidades castigadas todos os anos pelas chuvas, como São Paulo, Rio e Belo Horizonte, devem enfrentar o problema com maior intensidade.
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O Globo
Crise do clima pode se tornar irreversível na próxima década
O planeta já experimenta transformações climáticas que não eram vistas há séculos — ou, em alguns casos, desde outras eras geológicas. É o caso da concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera, que em 2019 atingiu o seu maior nível dos últimos 2 milhões de anos.
As mudanças provocadas pela ação humana na feição do planeta atingiram um ritmo galopante e serão irreversíveis pelos próximos séculos. O nível do mar, por exemplo, cresceu 20 centímetros entre 1901 e 2018. Até a década de 1990, crescia cerca de 1,35 milímetro por ano. Hoje, são 3,7 milímetros anuais. Inundações e erosão costeira devem se tornar cada vez mais comuns em cidades litorâneas.
Cerca de 40% do avanço dos oceanos devem ser atribuídos ao derretimento de geleiras, que atualmente desaparecem a um ritmo sem precedentes. Segundo o relatório, é provável que o Oceano Ártico, onde a temperatura cresce com maior rapidez no planeta, fique totalmente livre de gelo no verão pelo menos uma vez até 2050.
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